22/08/2023

A respeito de “Terra de ninguém”

Guarapuava – Por Mauro Xavier Biazi (jornalista) – A respeito da matéria “Terra de ninguém”… Queria cantar uma Guarapuava que reside nos meus sonhos de justiça, que adorna a fronte do povo de esperança, que navega no oceano da justiça que desejo tanto, mas só o que vejo e sinto é a traição em cada esquina a apunhalar a gente que, excluída, permanece no limbo da insignificância; Queria pintar uma Guarapuava com as cores que saltam da minha visão humana, e que tais cores fossem o retrato fiel da fraternidade por quem todos clamam a cada prece matinal, mas só o que vislumbro é um cinza que inunda os dias de um povo que se acomodou no travesseiro do comodismo e dalí não arreda um milímetro; Queria escrever uma Guarapuava onde não faltassem os adjetivos de grandeza nem os vocábulos que enaltecem uma história de passado tão esquecido, mas só o que consigo rabiscar são palavras de desprezo por pessoas que apunhalaram pelas costas os ideais de tantos; Queria soltar foguetes no teu dia, Guarapuava, mas qual é o teu dia? Teu 9 de dezembro é uma festa onde as portas comerciais permanecem abertas a atrair a ignorância dos que nem sabem do teu dia, e aí de novo eu pergunto: qual o teu dia, Guarapuava? Este 9 de dezembro febril que não te comemora? Este 9 de dezembro que te esquece e que declara quão triste é viver como flores nos muros? Que 9 de dezembro é este, minha Guarapuava que embala meus sonhos de dias melhores para os que descendem de mim? Não há 9 de dezembro, a não ser um número no calendário desbotado dos insensíveis! Quanto a teu futuro, amada Guarapuava, ele está sendo decidido numa rodada de interesses baixos, no conversar de seres abjetos, no fio do punhal político da traição, nos números interesseiros que perpetuarão no poder os de sempre, no andar enferrujado de teu trem descarrilhado, nas rodas que movimentam no sentido contrário aos interesses do coletivo. , Pena, Guarapuava, quanta pena tenho de ti e dos que te comandam abaixo de açoites, abaixo de malvadezas, abaixo de mentiras e traições pelos quais não tenho orgulho algum de sentenciar que teu destino, nas mãos dos assaltantes de plantão, vai do nada a lugar algum. DESPARABÉNS GUARAPUAVA!

Cristina Esteche

Jornalista

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