22/08/2023
Brasil

A tal "química"

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Por que busco no outro o que nunca hei de encontrar lá?

Em mim brotam as questões. Em mim devo encontrar as respostas para cada uma delas. A mim cabe me amar em primeiro lugar. É minha a responsabilidade pelas escolhas que faço. Somente eu tenho as rédeas do meu destino.

Quando espero do outro que me faça feliz, que atenda às minhas expectativas, que me compreenda e me ame fico perigosamente ameaçada e me posiciono no rumo da desilusão. De certo, hei de criar personas e subterfúgios para que o outro atenda minhas necessidades e me enxergue da forma que desejo; de certo deverei culpa-lo se me sentir infeliz, afinal, ele vai me decepcionar não sendo ou não fazendo as coisas do jeito que eu esperava…

Fora de mim, o que é possível? Lá se encontra o olhar do outro sobre quem sou para ele; como ele pinta meu retrato pelos seus próprios filtros, expectativas, crenças e experiências. O “eu” que eu projeto não é o “eu” que ele vê, e se a dissonância for muito grande dificilmente poderemos nos entender e trilhar juntos os caminhos da vida.

E quando acontece, então, o encontro verdadeiro?

Acho que são vários os fatores, mas como pré-requisito sustento que um encontro verdadeiro pode acontecer quando estamos conscientes de nosso protagonismo, com as rédeas de nossas vidas nas mãos, e encontramos alguém também consciente de si mesmo, com suas rédeas nas mãos. Se gostamos do que enxergamos no outro e esta percepção estiver bem próxima de quem somos em essência, a tal “química”  vai acontecer: entramos em sintonia!

Alinhados os caminhos astrais, os momentos de vida, os valores fundamentais podemos considerar que ganhamos na loteria do amor! Dois indivíduos que desejam trilhar e experienciar juntos. Dois instrumentos afinados que geram uma melodia harmônica e agradável de sentir e ouvir.

Cristina Esteche

Jornalista

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