A vida e suas surpresas

É incrível como a vida é uma caixinha de surpresas que você abre a casa segundo e há algo reservado na hora que deve acontecer. Seja boa ou ruim, conforme a tua crença. Digo isso porque a violência, a morte, infelizmente, passaram a fazer parte do cotidiano. Não tem um dia sequer  que não me envolva com notícias sobre esses temas. Essa continuidade ininterrupta faz com que passe a noticiar,  simplesmente, sem me dar conta de nomes. É a essa “frieza”  que atribuo a reflexão desta terça feira, quando fiquei chocada ao saber que o Michel, vítima de assassinato logo nas primeiras horas da manhã de ontem (13), no Bairro Santana, era uma “pessoinha” que eu gostava prá caramba. Conheci o “Pantufa” há alguns anos –  era assim que eu o chamava, porque o conheci num “arrastão” politico calçado com  um pantufa de coelhinho. Quase não nos encontrávamos no dia a dia, mas o pouco contato – embora superficial – que tivemos, foi muito bom. Ri muito com as suas brincadeiras, me contaminei com o seu alto astral e se ouvia algume gritando pelo meu nome em qualquer evento público onde chegava, já sabia que era ele.

Quando falo em reflexão e aos poucos momentos que tivemos juntos, me refiro a essa pressa louca que nos engole no dia a dia, que não nos dá tempo para conhecer melhor as pessoas, saber sobre elas. Os meios policiais desconfiam que o “Pantufa” era envolvido com o tráfico de drogas e que isso que provocou a sua morte brutal. Não sei nada sobre a sua vida, quem era, o que fazia para sobreviver. Prá mim ficou registrado a “pessoinha” que conheci, as histórias que contava, as brincadeiras que fazia. Mas acredito e conduzo a minha conduta pela lei da ação x reação. A polícia vai elucidar o crime e se o “Pantufa” tinha mesmo um envolvimento obscuro, ou não, o relacionamento superficial que tínhamos, vai manter a imagem da pessoa que conheci e de quem gostava muito. Vai, segue o seu novo caminho alegrando quem você encontrar pela trilha. # me sentindo chocada##me sentindo triste#