Casos recorrentes de abordagens por pedintes em semáforos, estacionamentos de supermercados e farmácias em Guarapuava têm causado temor entre consumidores. Nas últimas semanas, relatos sobre ameaças, xingamentos e até tentativas de invasão de veículos colocam em xeque a segurança nesses espaços. Estabelecimentos alegam que não conseguem intervir.
Um dos episódios mais graves ocorreu no estacionamento de um supermercado no Centro da cidade.
Há cerca de 15 dias, uma mulher bem vestida me abordou pedindo dinheiro. Quando disse que não tinha, ela me xingou, chutou meu carro e saiu fazendo ameaças.
De acordo com a fonte do Portal RSN, nesse dia, a mesma mulher teria agido de forma semelhante em uma farmácia. A reclamante disse que essa agressão resultou em boletim de ocorrência e repercussão nas redes sociais.
Outro caso recente, conforme relato de outra pessoa, envolveu uma idosa. Ela aguardava dentro do carro enquanto a filha fazia compras num supermercado. “Minha mãe estava se recuperando de uma cirurgia no olho e ficou sozinha por alguns minutos.” Segundo a reclamante, isso bastou para que idosa se tornasse alvo fácil.
Um homem se aproximou exigindo R$ 100, ameaçou e tentou abrir a porta do carro. Ela, que é viúva, só se livrou dizendo que o marido delas era sargento da polícia e estava vindo.
Ao buscar apoio na gerência do mercado, a resposta foi frustrante: “Disseram que não podiam fazer nada.” A RSN tentou contato com gerências de alguns supermercados e farmácias. Alguns disseram desconhecer essas ocorrências. Outros, sem êxito nos retornos.
O QUE DIZ A PM
Procurado pela RSN, o 16º Batalhão informou que a simples presença de pedintes em vias públicas não constitui crime. No entanto, quando há constrangimento, ameaças ou violência, o cenário muda de natureza, e a PM deve ser acionada imediatamente pelo 190.
O batalhão reforça que a segurança nos estacionamentos de estabelecimentos comerciais é, primariamente, de responsabilidade dos próprios estabelecimentos.
A PM realiza patrulhamento diário em áreas comerciais de Guarapuava e orienta que, em caso de abordagens agressivas, o consumidor mantenha a calma, registre as características do agressor e entre em contato com a polícia.
Conforme o Código de Defesa do Consumidor, o fornecedor é responsável por garantir a segurança no ambiente onde vende produtos e serviços, inclusive em áreas como estacionamentos. Caso ocorram danos ou omissão diante de situações de risco, o estabelecimento pode ser responsabilizado civilmente.
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