Acampamento em frente ao 26º GAC está sendo desmontado

Acampamento no chão (Foto: RSN)

Tão logo o governador Ratinho Junior determinou o desmonte de acampamentos em frente aos quarteis no Paraná, começou a retirada parcial em Guarapuava. Algumas barracas estão sendo desmontadas, mas ainda há outras no local. O Portal RSN tentou, sem êxito, contato com a Polícia Militar.

O governador Ratinho Junior fez o anúncio por volta as 12h desta segunda (9). Por volta das 12h22 o Portal RSN esteve na Avenida Manoel Ribas onde os bolsonaristas estavam e comprovou a liberação do local.

Em nota encaminhada ao RSN, Ratinho Junior, disse que o Governo do Paraná, via Secretaria de Estado da Segurança Pública, vem atuando desde o domingo (8) para impedir bloqueios em rodovias estaduais ou nos municípios. Também está dialogando com forças federais. Ele também confirmou que vai participar da reunião com Lula, às 18h desta segunda (9). O presidente reúne os governadores para tomada de providências.

Conforme o governador, houve uma tentativa de bloqueio de acesso na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. Mas foi desmobilizada após atuação rápida do Batalhão de Choque da Polícia Militar. Duas pessoas acabaram presas no local. Lideranças estão sendo identificadas e os nomes serão encaminhados para o Poder Judiciário.

Governador Carlos Massa Ratinho Junior (Foto: AEN)

As forças de segurança também estão preparando as ações para desmobilização dos atos que ainda estão na frente dos quartéis, em respeito à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O Estado do Paraná também se colocou à disposição do Ministério da Justiça para auxiliar no que for preciso para a retomada da ordem e da paz na capital federal.

Ações desta natureza são inadmissíveis e atentam contra a democracia e o estado de direito. Somos a favor da paz e do respeito. O Paraná se coloca à disposição do Ministério da Justiça para auxiliar no que for preciso e contribuir para a rápida retomada da ordem e da paz na capital federal.

A intervenção no governo do Distrito Federal, com o afastamento por 90 dias do governador Ibaneis Rocha, por omissão aos ataques, soa como um recado do Governo federal. O decreto vai vigorar até 31 de janeiro. Com a intervenção, os órgãos de segurança pública do Distrito Federal ficam sob responsabilidade do secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Garcia Cappelli, com subordinação a Lula.

OUTRAS MANIFESTAÇÕES

Além do governador Ratinho Junior, no Paraná, parlamentares e outros políticos utilizaram as redes sociais para manifestação contra os atos terroristas. O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Ademar Traiano (PSD) disse: “Não podemos aceitar a violência, a invasão de prédios públicos, o vandalismo e a depredação. Atentar contra a ordem constitucional não faz parte da cidadania. Reafirmo aqui a minha posição em defesa da democracia, de respeito aos Poderes e de preservar as instituições. Repudio qualquer ato antidemocrático e radicalismos”.

O presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, desembargador José Laurindo de Souza Netto, se manifestou, como presidente do Conselho de Presidentes dos TJ’s do Brasil. “Manifesto absoluto repúdio aos atos violentos ocorridos hoje [9], nas sedes dos três Poderes, em Brasília. Manifestações políticas pacíficas fazem parte da democracia, mas vandalismo e destruição do patrimônio público é crime, e os responsáveis devem ser identificados e responder com o rigor da lei”.

Em Guarapuava, o prefeito Góes (Cidadania) disse que a iniciativa de desmonte do acampamento em frente ao 26º GAC é responsabilidade do governador.

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