Aceleração máxima na corrida pela benção do governador

A briga pela cadeira de Ratinho Junior em 2026 já saiu do campo das especulações e entrou em ritmo de competição de alta velocidade. O cenário político do Paraná hoje se resume a um confronto direto de forças e estratégias. Dois nomes de peso se destacam, cada um capitalizando poder em esferas cruciais. Vejamos: Guto Silva, o homem da gestão e dos investimentos, e Alexandre Curi, o articulador-mor do Legislativo. O que se desenha é um duelo eletrizante entre a máquina do Executivo e a capilaridade da base política. Ambos em busca das bençãos do governador Ratinho Junior.

Com a confirmação da pré-candidatura ao Governo, Guto Silva, Secretário de Estado das Cidades, iniciou uma verdadeira ‘maratona de trabalho’. Os assessores não conseguem sequer repassar a agenda de compromissos sem perder o fôlego. Nesta sexta (17), a rotina é a prova cabal: ele passará por cinco municípios, incluindo Guarapuava, com a missão central de liberar recursos para obras.

Esta é a estratégia de Silva: transformar a capacidade de investimento da gestão Ratinho Junior em capital político. A equipe aposta que a chancela do governador é quase absoluta, cravando “99,9% Guto na cabeça”. Se trata de uma alusão à confiança e à amizade de longa data com Ratinho Junior. Essa proximidade, para eles, é o fator decisivo para a escolha do grupo.

Embora a benção do Palácio seja um trunfo inegável, a grande pergunta que paira é: a força da caneta será suficiente para garantir a adesão e a simpatia do eleitorado paranaense?

Alexandre Curi: A base antiga e o Poder Legislativo

Enquanto Guto Silva utiliza o Executivo como pista de decolagem, Alexandre Curi não fica para trás. Ele mantém um ritmo de campanha acelerado, com a vantagem de ter percorrido o Paraná de ponta a ponta muito antes.

A força de Curi não está em uma secretaria, mas no comando do Poder Legislativo. Ele tem em mãos a articulação direta com deputados e o histórico de apoio a prefeitos, estabelecendo um contato corpo a corpo que o credencia como o grande articulador do interior. Ele tem a lealdade da base e o poder de mobilização política.

Se Guto Silva é o porta-voz dos cheques do governo, Curi é o centro da conversa política, do diálogo com as lideranças que seguram o voto nas cidades.

O cenário é fascinante: de um lado, a Continuidade sustentada por recursos; do outro, a Articulação sustentada pela política. A verdadeira batalha será travada agora na capacidade de cada um em converter obras e alianças em votos, principalmente o do governador.

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