22/08/2023

Acesso ao Cedeteg é homenagem a Elio Dalla Vecchia

Alameda leva o nome do ex-deputado federal

elio dalla vechia

Descerramento da placa (Divulgação)

Uma das mais justas homenagens sancionadas pelo prefeito Cesar Silvestri Filho foi prestada nesta sexta feira (16) com a denominação do novo acesso ao campus Cedeteg, da Unicentro, em Guarapuava que agora passa a ser chamado de Alameda Elio Antonio Dalla Vecchia. O ex-deputado federal, já falecido, foi o responsável pela implantação da estrutura que foi transformada no atual campus Cedeteg da Universidade. Ele cumpriu mandato na Câmara Federal entre 1991 e 1995.

A entrega da obra nesta sexta feira (16) garante melhor acessibilidade, fluidez no trânsito e segurança à comunidade acadêmica, visitantes da instituição e moradores da região. A obra teve investimento municipal de R$ 800 mil.

“Nós estamos diante de uma universidade estadual que está no 34º lugar do ranking de melhores universidades públicas do Brasil, que forma inúmeros profissionais íntegros e capacitados, então é nosso dever agradecer e retribuir este feito, não apenas através dessa obra, mas também das inúmeras parcerias que mantemos com a Unicentro”, ressaltou o prefeito Cesar Silvestri Filho.

De acordo com o reitor da Unicentro, Aldo Nelson Bona, a construção de um novo acesso ao campus pela Rua Saldanha Marinho era um anseio de toda a comunidade acadêmica. “A inauguração deste novo acesso ao campus Cedeteg é de fundamental importância para a nossa instituição, pois se refere a uma obra desejada e esperada pela comunidade acadêmica desde 1998”, afirmou. Para a deputada estadual Cristina Silvestri, a administração municipal prioriza a educação no município. “A cada conquista eu tenho mais orgulho de ser guarapuava e de representar Guarapuava na Assembleia Legislativa”, destacou a deputada.

SOBRE ELIO DALLA VECCHIA

Elio Dalla Vecchia

Elio Antônio Dalla Vecchia nasceu em Carazinho (RS) no dia 14 de março de 1929, filho de Ângelo Dalla Vecchia e de Clarice França Dalla Vecchia. Pequeno proprietário rural, ingressou no serviço público em 1954 como auditor fiscal do Tesouro Nacional, na cidade de Guarapuava (PR), onde desempenhou várias atividades de caráter social. Presidiu o Guaíra Country Club e o Serviço de Obras Sociais, e foi membro do Conselho Curador da Faculdade de Ciências e Letras. Anos mais tarde, exerceu por duas vezes a presidência do Guarapuava Esporte Clube, entre 1976 e 1980, e entre 1982 e 1984.

Em 1974, filiou-se à Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido de sustentação política ao regime militar instaurado no país desde abril de 1964, e elegeu-se presidente do diretório municipal, função na qual permaneceu por apenas um ano. Em 1979, com a extinção do bipartidarismo e a consequente reorganização partidária, ingressou no Partido Democrático Social (PDS), ocupando também sua direção municipal (1979-1988). Em 1983, iniciou o curso de ciências contábeis, que não chegou a concluir.

Em 1988, assumiu a Secretaria Municipal de Finanças de Guarapuava. No ano seguinte, trocou o PDS pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) e foi imediatamente eleito membro de sua direção local. Em 1990, desincompatibilizou-se para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. Eleito em outubro daquele ano, tomou posse em fevereiro de 1991. Como deputado federal foi membro titular da Comissão de Finanças e Tributação.

Acompanhando a maioria do Parlamento, em 29 de setembro de 1992, votou a favor da abertura do processo de impeachment por crime de responsabilidade contra o presidente Fernando Collor de Melo, citado no relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou denúncias de corrupção contra o ex-tesoureiro de sua campanha presidencial, Paulo César Farias. Afastado da presidência da República após a votação na Câmara, Collor renunciou ao mandato em 29 de dezembro, antes que o Senado concluísse seu julgamento. Foi substituído pelo vice-presidente Itamar Franco, que ocupava o cargo interinamente desde 2 de outubro.

Entre as alterações da Constituição de 1988 aprovadas nesta legislatura, Vecchia foi contrário à revisão do conceito de empresa nacional e ao fim do voto obrigatório. Ausente da sessão que instituiu o Fundo Social de Emergência (FSE), posteriormente aprovou a criação do Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira (IPMF), ambos concebidos como fonte de financiamento no contexto do plano de estabilização econômica do governo (Plano Real).

No pleito de outubro de 1994, sob a legenda pedetista, concorreu à reeleição e obteve apenas uma suplência. Deixou a Câmara dos Deputados ao término da legislatura em janeiro de 1995. Não se candidatou novamente a cargos eletivos. Em 26 de abril de 2000, foi homenageado com o título de cidadão honorário pela Câmara Municipal de Guarapuava. Casou-se com Belkiss Gonzaga Dalla Vecchia, com quem teve quatro filhos.

 

 

Cristina Esteche

Jornalista

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