Enquanto uma Missão do Banco Mundial acompanha “in loco” ações brasileiras de enfrentamento da epidemia de Aids desde ontem (07), em Brasília, acadêmicos do curso de Enfermagem da Faculdade Campo Real realizaram abordagens para conscientizar estudantes no Dia Mundial da Saúde, comemorado nesta segunda feira.
“Toda forma de informação é válida. Precisamos evitar que o paciente já chegue para fazer o teste rápido com a doença em estágio avançado, como vem acontecendo”, alerta a enfermeira do Serviço de Atendimento Especializado (SAE) e professora do curso de Enfermagem da Campo Real, Angela Maria Camargo.
A distribuição de preservativos e a conversa informal sobre o assunto ainda assusta muitos jovens. "Alguns nem sabem o que é teste rápido, outros não conhecem o SAE e muitos não aceitam o preservativo, acredito que por constrangimento, diz o acadêmico do 5 período de enfermagem Josni Tauffer, 20 anos.
O diretor do Departamento em Brasília, Fábio Mesquita, abriu a missão nesta segunda (07) apresentando o cenário brasileiro da epidemia e as diretrizes para a o enfrentamento. “O Brasil é muito grande e diverso. Temos que pensar em ações que contemplam a realidade de cada região do País”, afirmou o diretor. A política brasileira foi muito elogiada por todos. Para o professor da Universidade de São Francisco (Califórnia) Norman Hearts, que integra a equipe da Missão do Banco Mundial, a experiência brasileira tem muito a contribuir com as políticas mundiais. “Tudo é muito positivo. Parabenizo o Brasil”, afirmou.
Fábio Mesquita também falou do futuro lançamento do Fundo PositHiVo, que arrecadará recursos para organizações da sociedade civil que trabalhem no enfrentamento do HIV e hepatites virais.
Outro ponto abordado foi o manejo dos pacientes de HIV na Atenção Básica. A criação de materiais para orientação dos profissionais de saúde e gestores para a realização do atendimento será feito pelo Departamento. Marcelo Freitas, coordenador de assistência e tratamento do Departamento, ainda destacou que esse tipo de manejo já é realizado nas 95 unidades de Curitiba (PR). “Muitas políticas brasileiras foram customizadas regionalmente, como a materno-infantil. Isso é muito interessante”, afirmou David Souza ao conhecer as ações das cooperações interfederativas do Rio Grande do Sul e a do Amazonas.