A Ferroeste (Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A.) e a Rumo Logística formalizaram em Cascavel, o Contrato de Operação Específico que vai ampliar a capacidade de escoamento da safra da Região Oeste pelo ramal ferroviário. O documento foi assinado pelo governador Carlos Massa Ratinho Júnior; o diretor-presidente da Ferroeste, André Gonçalves, pelo presidente da Rumo Logística, João Alberto Abreu.
Também avalizaram o acordo o vice-presidente da empresa, Daniel Rockenbach e o secretário de Estado da Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, em solenidade na Associação Comercial e Industrial de Cascavel (Acic), nessa quinta (6).
De acordo com o Governo, atualmente, a multinacional é responsável pela operação entre Guarapuava e o Porto de Paranaguá. Já a Ferroeste administra o trecho ferroviário entre Cascavel e Guarapuava. Assim, conforme André Gonçalves que é diretor-presidente da Ferroeste, o acordo estabelece uma nova forma de trabalhar a importação e a exportação dos produtos pelo ramal ferroviário.
“Até o ano passado, os vagões da Ferroeste eram levados até Guarapuava. Ali se trocavam as locomotivas e vagões, e a Rumo levava até Paranaguá”. Porém, a partir de agora, a Rumo vai fazer esse trajeto pelos trilhos da Ferroeste, “Não vai mais haver essa troca. É uma forma mais rápida e ágil de transportar os produtos”.
O DOBRO DA CAPACIDADE
Com o acordo, o volume de produtos transportados na malha que liga Cascavel ao Porto de Paranaguá passará dos atuais de 1,1 milhão de toneladas por ano para cerca de 2 milhões/ano. Dessa forma, o acordo comercial permite que as duas empresas compartilhem cargas que saem da Região Oeste em direção a Paranaguá.
Assim, a negociação possibilita à empresa Rumo entrar no trecho da Ferroeste, inclusive com reforço de maquinário. O contrato atende a uma regulação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). De acordo com o Governo, a operação conjunta deve iniciar no final de fevereiro, para escoar uma safra que promete bater recordes de produtividade.
Com apenas uma decisão administrativa, sem custos para o Estado, estamos dobrando a capacidade de carga da Ferroeste até o Porto de Paranaguá. A Rumo pagará à Ferroeste para fazer essa operação, que além de tudo vai atender as nossas cooperativas, que estão em um momento maravilhoso de crescimento.
Conforme o presidente da Rumo, João Alberto Abreu, o acordo representa um ganho de eficiência na logística, beneficiando o setor produtivo. “Temos que olhar essa ferrovia como uma única malha e operar de forma completamente integrada, fazendo o escoamento a um custo bem mais competitivo para a Região”.
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