A assistência da acusação do caso Everton Robison Madureira, o homem morto a tiros em frente a uma escola em Guarapuava na última semana, vai solicitar a prisão preventiva do atirador. Everton morreu na segunda (9), em frente a uma escola municipal do Bairro Boqueirão, e tinha cinco marcas de disparos no corpo.
Os advogados garantem que existe fundamento para a solicitação de prisão preventiva. A defesa do atirador afirma que a vítima vinha ameaçando o acusado antes do crime acontecer. Contudo, para a acusação não há nenhum indício dessas ameaças, como o registro de um Boletim de Ocorrência. “É só uma estratégia eventualmente de defesa.”
Além disso, a acusação afirma que a confissão do assassinato após cessarem as buscas pelo criminoso, impedindo o flagrante, também pode colaborar para que haja a prisão preventiva. O crime teria sido premeditado, já que houve planejamento, e por motivo fútil, conforme a acusação.
Por conta disso, os advogados da vítima estão certos do pedido de prisão preventiva. “Nós já estamos formulando, fazendo um pedido aqui junto ao Ministério Público, para que a prisão preventiva do acusado seja decretada com máxima urgência.”
O CASO
Everton Robison Madureira, de 36 anos, foi morto a tiros no dia 9 de junho em frente à Escola Municipal Hipólita Nunes Oliveira, no Bairro Boqueirão. Segundo a perícia da Polícia Científica, ele foi atingido por cinco disparos, provavelmente feitos com uma arma de calibre 32. Além disso, uma das balas acertou um carro que estava ocupado por duas mulheres e uma criança. Contudo, nenhuma delas ficou ferida.
Três dias depois, dia 13 de junho, um homem de 21 anos confessou o crime à polícia, se apresentando à delegacia juntamente com o advogado. De acordo com o delegado Bruno Maciozek, “ele confirmou que fez os disparos e alegou que havia uma briga antiga com a vítima, marcada por ameaças recíprocas. A motivação foi esse desentendimento que já durava cerca de um ano”.