O nome de Ciro Gomes foi oficializado pelo PDT nesta sexta feira (20) como candidato à Presidência da República. A decisão ocorreu por aclamação dos delegados presentes à convenção nacional do partido em Brasília. O ex-governador do Ceará foi ministro dos governos Lula na Integração Nacional e de Itamar Franco na Fazenda. O PDT é o sétimo partido de sua carreira. Ele também passou por PDS, MDB, PSDB, PPS, PSB e Pros. Esta será a terceira vez que Ciro Gomes disputa a Presidência. Ele concorreu ao Planalto em 1998 e 2002. Nas duas ocasiões, ficou em terceiro lugar. Na primeira vez, perdeu para Fernando Henrique Cardoso (PSDB) no primeiro turno. O ex-presidente Lula ficou em segundo lugar. Na segunda, o petista venceu, em segundo turno disputado com José Serra (PSDB).
Na convenção desta sexta, Ciro foi acompanhado pelos filhos, irmãos e pela namorada, Giselle Bezerra. Ele fez um discurso que foi do desenvolvimento tecnológico ao combate à ilegalidades no setor público. “A corrupção é um câncer que destrói também a crença na democracia, especialmente pelos jovens”, declarou.
Disse também que o país vive o fim de um ciclo histórico. “Estou muito honrado de receber do partido do meu companheiro Leonel Brizola essa missão”, disse Ciro.
O lançamento ocorreu mesmo sem o PDT acertar acordos com outros partidos para formar coligação na corrida presidencial. Nas últimas semanas, Ciro vinha articulando o apoio dos partidos que formam o chamado “Blocão” (PP, PR, DEM, PRB e Solidariedade). No entanto, nesta quinta (19), as cúpulas dos partidos acertaram alianças com o pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin. A decisão ainda deve ser formalizada pelos partidos.
Agora, Ciro aguarda a indicação de um nome para concorrer em sua chapa como vice. O vice-presidente do PDT, deputado federal André Figueiredo (CE), indica que o partido pode oferecer a vaga para o PSB. Se o partido aceitar, o nome mais indicado é o do ex-prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda. “Convidamos todas as forças políticas que tem compromisso com o Brasil”.