22/08/2023
Geral

Agressão em escola de Guarapuava é tratada com descaso, diz mãe

Em Guarapuava, na escola municipal Julieta Anciutti, uma mãe denunciou um caso de agressão contra seu filho de 8 anos que vem acontecendo a 3 anos dentro da instituição. A mãe, que prefere ser identificada apenas como Regina, conta que seu filho sofre nas mãos de outro aluno da escola com a mesma idade (8 anos). “Desde o primeiro ano que meu filho apanha de outro aluno e até agora a instituição não havia resolvido o problema. Já tínhamos informado a escola sobre o caso há muito tempo e eles só comunicavam que iam tomar as decisões cabíveis, mas o caso do meu filho continua sem solução”, explica.

A “gota d’água” para a mãe aconteceu na última terça-feira (02), quando seu filho chegou em casa com a mochila quebrada. O cabo da mochila  teria  servido para  que o agressor ameaçasse o  filho de Regina após ele se recusar a  entregar o lanche ao outro menino.

A mãe informou que o agressor também possui 8 anos e o identificou pelas inicias D. D. Além disso, segundo ela, o agressor sofre de hiperatividade e ela gostaria que ele fosse afastado da instituição ou do convivio com o seu filho. Contudo, a criança não pode ser afastado da escola, segundo informou a assessoria de imprensa da Prefeitura da cidade, porque isso iria contra a lei de que todas as crianças tem direito ao estudo.

A mãe foi novamente à escola na terça-feira a fim de esclarecer o caso, porém nada ainda foi resolvido. De acordo com Regina, um dos policiais que faz parte da patrulha escolar e que estava presente no momento em que a mãe chegou na escola, havia informado que ela devia registrar um boletim de ocorrência.

Mas nem isso funcionou. Ao tentar abrir um B.O na manhã desta quarta-feira (03), o pai da criança agredida descobriu que não é possível abrir um boletim contra menores de 12 anos e muito menos contra os responsáveis pelo agressor.

Cristina Esteche

Jornalista

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