domingo, 13 de jul. de 2025
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Agressor de Anaizis será julgado nesta terça em Guarapuava

Adriano Fonseca Manoel tem um histórico de agressões e tentativas de homicídio, todas por ciúme de ex-namoradas

Anaizis recebe flores (Foto: divulgação)

A partir das 9h desta terça (1º) estará aberto o Tribunal de Júri no Fórum de Guarapuava. No banco dos réus estará Adriano Fonseca Manoel de 37 anos, sob a acusação de tentativa de femínicidio, quebra de medida protetiva e ameaças de morte. A vítima é a ex-companheira dele, Anaizis Mazurok, que mora em Turvo.

O júri, presidido pelo juiz Marcio Trindade Dantas, terá como promotor Mauro Drobowolski. Na defesa vão atuar as advogadas Jaqueline Maria Mendonça Aguera Lima, Camila Corrêa Vitor e Thayssa de Paula Serra, de Apucarana. Não há previsão de que horas sairá a sentença.

De acordo com o processo, Adriano está condenado a 2,4 anos de prisão pela quebra da medida preventiva. Ficou em liberdade por seis meses, mas retornou à prisão preventivamente a pedido do Ministério Público, devido a alta periculosidade do réu.

Embora sustente que não quis matar Anaizis, mas “apenas assustá-la” e que desferiu apenas um golpe de facão, os autos mostram outra versão. São dezenas de mensagens com videochamada, ligações e ameaças, diuturnas e noturnas. Outras mensagens a um amigo, Adriano avisa e mostra um facão. “Já está amolado”, escreveu. Em seguida diz que vai matar a ex-companheira. Em seguida, atentar contra a própria vida.

Conforme o processo, em vez de uma, o réu golpeou a vítima pelo menos cinco vezes em menos de cinco minutos. As faconadas atingiram pontos vitais e variam entre seis e 15 centímetros. Um golpe no pulso direito deixou essa parte pendurada. Outro na escápula esquerda teve 12 centímertos. Mais dois cortes de seis centímetros cada atingiram os dois lados do pescoço. Outra cicatriz de 15 centímetros se evidencia num dos cotovelos e outro golpe no antebraço deixou fratura exposta.

Entretanto estes não são apenas os crimes praticados pelo réu. Adriano já usava tornozeleira eletrônica e medida protetiva em outro caso na Lei Maria da Penha. Ele quebrou a tornozeleira um dias antes de tentar matar Anaizis. O Portal RSN tentou contato com a defesa, mas não obteve êxito.

OUTRAS TENTATIVAS

Conforme os autos, em 2010 Adriano agrediu e deixou um homem surdo. Em 2012 ele ameaçou essa mesma vítima porque era namorado de uma ex-companheira dele. Já em 2013 ele agrediu uma mulher e o namorado dela. Isso porque, no passado, ela teve relacionamento com ele. Acabou sendo denunciado por tentativa de homicídio.

E tem mais: em 2020 Adriano volta a agir e agride outro homem porque este namorava uma ex-companheira dele. Ele tentou matar os dois com golpes de machado. Só não conseguiu porque uma das vítimas conseguir tirar a ‘arma’ das mãos dele.

Por fim, em 2023 ele faz de Anaisiz mais uma vítima. Nesse caso, o promotor Mauro Dobrowolski, que vai acusar o réu, já tinha feito nove medidas protetivas contra ele. Todas descumpridas.

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Cristina Esteche

Jornalista

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