Fiscais da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) da unidade de Guarapuava estão vistoriando propriedades da região, para fiscalizar a prática do vazio sanitário da soja. De acordo com o engenheiro agrônomo, Alex Sandro Schiavini, já foram feitas várias autuações a produtores que não estão cumprindo a legislação vigente.
“Devido as chuvas das últimas semanas produtores que não haviam feito o controle da soja voluntária (guaxa) anteriormente, tiveram problemas para aplicação de agrotóxicos, mas agora com a melhora no clima espera-se que haja um melhor manejo dessas plantas”.
Para evitar problemas com autuações, os agricultor atrasados precisam fazer o controle da soja voluntária, não esquecendo de buscar orientação técnica, para um manejo mais adequado e seguro dos agrotóxicos.
O vazio sanitário da soja está valendo no Paraná desde 15 de. Durante três meses (até 15 de setembro), os produtores ficam proibidos de cultivar a soja e precisam eliminar as plantas que nascem pelas perdas das colheitas nas lavouras e caminhões nas estradas do Paraná. O Vazio Sanitário foi uma medida tomada objetivando combater a doença ferrugem asiática que vem causando grandes prejuízos desde 2001, ocasionando aumento no custo de produção, pelo aumento de aplicações de fungicidas e perdas na colheita.
Instituído pela Resolução Estadual nº 120/2007 o vazio sanitário tem como objetivo retardar ao máximo o aparecimento do fungo Phakopsora pachyrhizi causador da ferrugem asiática na cultura da soja. O fungo precisa da planta verde e sobrevive durante o inverno nas plantas remanescentes de soja viva, em áreas cultivadas, em carreadores e estradas. Na ausência de plantas vivas por 90 dias, há uma tendência de reduzi-lo, com isso haverá menos danos a safra seguinte.
Quando constatada a presença de plantas vivas de soja em lavouras, carreadores, às margens de ferrovias e estradas municipais, estaduais ou federais, os responsáveis são autuados e multados.