O anúncio governo federal, referente à redução dos valores de preço mínimo para a cultura do trigo da safra 2010, em 10%, provocou a reação do agronegócio brasileiro. Em Guarapuava, o Sindicato Rural de Guarapuava divulgou nota manifestando a indignação da classe produtora rural acerca do assunto, fazendo as seguintes considerações:
1. O Ministério da Fazenda argumenta que o preço mínimo brasileiro é o
mais alto do mundo, mas esquece que o custo do trigo brasileiro também é o
mais alto do mundo;
2. O custo do trigo brasileiro é alto devido ao Custo Brasil, impostos dos insumos, custo de capital de giro, infra-estrutura, combustível, impostos sobre o próprio trigo,
custo ambiental, social etc.;
3. Em outros países, o trigo produzido é altamente subsidiado, com exceção da
Argentina, que tem uma carga tributária menor, além de ter melhores condições
climáticas, como também solo mais fértil, sem o custo ambiental
etc.;
4. Na Europa e nos Estados Unidos, além do trigo ter um subsídio direto, também
há subsídios indiretos nos insumos, e com uma carga tributária reduzida. Esses países exportam o seu trigo com prazo de pagamento de 360 dias, sem
juros. O estoque brasileiro paga juros altíssimos;
5. A pesquisa e as tecnologias de produção nesses países são bem maiores que
no Brasil. Enfim, os outros países têm todas as vantagens e os produtores rurais brasileiros, todas as desvantagens;
6. O governo está acabando com a produção de trigo e cevada no Brasil, gerando
empregos nos países ricos;
7. Tal medida do governo vai diminuir a venda de máquinas e de empregos, reduzindo a movimentação financeira do setor, comprometendo toda a cadeia produtiva.
8. Ficaremos totalmente dependentes do trigo importado. Sabendo disso, os
países produtores vão subir o preço para o Brasil;
9. A eliminação das culturas de trigo e de cevada inviabilizará a cultura de
soja e milho no Brasil;
10. O governo federal, por falta de conhecimento e patriotismo, está decretando a
falência da Agricultura Brasileira.