Guarapuava – Ainda não está definido se o ex-deputado estadual Fernando Carli Filho será ouvido na audiência que acontece nesta quinta-feira (4), às 13h3min, na 2a Vara do tribunal do Júri em Curitiba.
O advogado da Família Yared (acusação) Elias Mattar Assad, encaminhou uma petição ao juiz Daniel Avelar pedindo que Carli Filho seja ouvido pelo juiz na audiência de instrução. O criminalista entende que isso é fundamental para que depois a defesa não possa pedir a nulidade do processo, alegando que o réu não foi ouvido em juízo.
O pedido do advogado, entretanto, ainda não foi analisado pelo juiz. “Possivelmente ele (Avelar) deixe para apreciar o meu pedido durante a audiência desta quinta”, explicou Assad. De acordo com o advogado, o juiz pode entender que o réu não precisa ser ouvido. Caso isso aconteça, Assad promete recorrer ao Tribunal de Justiça do Paraná para que o ex-deputado seja ouvido.
Outra opção é o juiz decidir que o interrogatório de Carli Filho é indispensável no processo. Com isso, deverá ser marcada uma nova data de audiência para ouvir o ex-parlamentar. O depoimento poderá ser feito em Curitiba ou em Guarapuava , onde Carli Filho mora. O advogado de defesa também pode entrar com um habeas-corpus pedindo que o ex-deputado não compareça à audiência, caso seja marcada.
“Também existe a possibilidade de Carli comparecer hoje (4) por conta própria. Mas não acredito nisso”, definiu Assad. O advogado Roberto Brzezinski Neto, que defende Carli Filho, não foi encontrado para falar sobre a questão.
Na audiência desta quinta-feira quatro testemunhas de defesa que moram em Curitiba serão ouvidas
Três não haviam sido intimados para comparecer às primeiras audiências do caso, que ocorreram nos dias 4 e 5 de fevereiro. A quarta testemunha justificou a falta e irá conversar nesta quinta com o juiz.
Carli Filho é acusado de provocar o acidente em que morreram Gilmar Rafael Yared, de 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, 20, em maio de 2009.
Nesta quinta serão ouvidos um motorista que teria presenciado o acidente – ele estaria na esquina das ruas Monsenhor Ivo Zanlorenzi e Paulo Gorski, no bairro Mossunguê -, dois moradores da região e uma funcionária do gabinete do ex-deputado. Após o depoimento de todas as testemunhas, Avelar decidirá se Carli Filho irá ou não a júri popular.
Com informações da Gazeta do Povo – Foto/arquivo RSN