O candidato à presidência da república pelo PSDB, Geraldo Alckmin, pode perder tempo de propaganda na rádio e TV por conta de ação da legenda do MDB. Na semana passada, a campanha do candidato do MDB, Henrique Meirelles, entrou com ação no Tribunal Superior Eleitoral pedindo contestação do apoio à Alckmin de seis partidos do Centrão: DEM, PP, PRB, PR, PTB e Solidariedade.
O argumento dos advogados do MDB foi de que haveria pelo menos sete irregularidades em atas das convenções que definiram o apoio a Alckmin. Isso porque os documentos não teriam citado explicitamente quais eram todos os partidos que fariam parte da coligação.
Atualmente, Alckmin é o candidato com maior tempo de TV e rádio na campanha eleitoral. Caso a contestação seja aceita pelo TSE, o tucano pode perder até 36% do tempo de propaganda eleitoral gratuita.
Em entrevista à Folha, Alckmin criticou a tentativa de impugnação da coligação ao Planalto pelo MDB dizendo que a iniciativa “é tapetão puro”. Henrique Meirelles respondeu a jornalistas neste sábado que o ex-governador de São Paulo deve aprender a respeitar a Lei.
“Fazer as coisas e exigir que todos sigam a Lei não é tapetão. Temos que respeitar a Justiça e o que nós questionamos foi a irregularidade nos processos de alguns partidos que o apoiaram e cabe ao TSE decidir”.
De acordo com MDB, os partidos registraram em convenção apenas o apoio ao nome de Alckmin e não formalizaram o desejo de se coligar com as outras legendas que o apoiam. A aliança com o tucano deveria constar “expressamente da ata o nome dos partidos coligados, a fim de que se permita aferir objetivamente a confluência das deliberações partidárias”. Dessa forma, só dois partidos cumpriram a exigência: PPS e PSD.