Além de vitória e talento, Ketlyn é exemplo de superação no judô

O talento e a determinação da judoca Ketlyn Victória dos Santos Oliveira de apenas 12 anos se destacam dentro dos tatames. Mas quem a conhece sabe que a superação é o brilho e combustível da atleta de Guarapuava. Após enfrentar uma grande perda, Ketlyn encontrou no judô a força para seguir em frente, não apenas contra os adversários, mas também com os desafios da vida.

A atleta começou a fazer judô no Instituto Renascer e precisou parar por causa da pandemia. Em 2022, a família sofreu um acidente de carro, e Ketlyn perdeu a avó e a irmã de apenas quatro anos. Nesse momento doloroso, a sensei de Ketlyn, que dava aulas no Instituto, conseguiu entrar em contato com a família e convidou a esportista para uma aula experimental. Desde então, ela nunca mais parou.

No momento mais difícil, ela encontrou forças para enfrentar a tristeza e a saudade. Em apenas dois anos de treino federado, Ketlyn já participou de 23 competições e conquistou 21 medalhas de bronze, prata e ouro.

O judô foi como uma terapia! Me ajudou muito porque no tatame, eu esqueço de tudo e foco em me tornar mais forte pra poder ajudar a minha mãe também a seguir em frente. Com o esporte, eu não tive mais crises de ansiedade e meu começo de depressão sumiu! O judô significa pra mim meu ponto de equilíbrio, onde eu aprendi, o respeito ao próximo, meu desenvolvimento físico e mental e principalmente a ter responsabilidade.

Para poder garantir a vitória, Ketlyn tem treinos intensos que exigem foco e destreza. Ela treina às segundas, quartas e sextas, das 19h às 20h30. Cada pré-competição é uma mistura de emoções, é quando a Ketlyn coloca toda energia e concentração para vencer as inseguranças. “Meu medo é estourar o peso e não poder competir, chegar lá e não ganhar pódio. Fico muito nervosa, porém respiro fundo e foco nos treinos que até hoje me trouxeram bons resultados. Até sábado passado, eu só ficava em segundo lugar, às vezes em terceiro. Já estava me achando a ‘rainha do segundo lugar’ (risos)”.

Tudo mudou no dia 17 de agosto quando a atleta participou do Campeonato Paranaense Aspirante em Laranjeiras do Sul e conquistou o tão sonhado primeiro lugar, assim como venceu a categoria por equipes também.

O que mais admiro é que todas as lutas é somente no tatame. Depois que a luta termina, a amizade permanece. A luta e a rivalidade são somente no tatame! O meu maior sonho no esportes é que todos os que gostam de esportes possam ter a oportunidade de fazer. É bom para saúde e para mente. E sei que muitos não têm condições de fazer. É claro que também sonho muito em um dia participar das Olimpíadas e ser uma judoca conhecida no mundo todo. O judô é minha vida, não me vejo não sendo judoca.

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