Da Redação, com Assessoria
Curitiba – O Fórum Popular em Defesa das Empresas Públicas mobiliza a sociedade contra a venda de ações da Copel e da Sanepar, como prevê o Governo do Paraná. Para isso, realiza protesto nesta segunda feira (12), às 14h, durante a sessão da Assembleia Legislativa do Paraná.
De acordo com o Forum, com o ajuste fiscal "o Governo quer novamente lesar o povo paranaense para cobrir contas." Em 2014, foi o aumento elevadíssimo do ICMS em mais de 95 mil itens, o aumento do IPVA, a taxação das aposentadorias e outros cortes no bolso da população para o rombo. Agora, querem sacrificar parte da Copel e da Sanepar".
Segundo a entidade, hoje os paranaenses detêm 58,6% das ações da Copel e 74,97% da Sanepar. Com a venda, o governo entregará 8,5% das ações da Copel. No caso da Sanepar, o leilão será de cerca de 25% das ações da empresa.
"As empresas arrecadam por ano R$ 200 milhões aos cofres do governo. A perda anual com a venda do excedente dos ativos da Copel e Sanepar no mercado financeiro poderá chegar a R$ 60 milhões por ano".
Fundamentais para o desenvolvimento do Paraná, para o acesso à água, ao saneamento básico e demais serviços essenciais à população, a Copel e a Sanepar são as empresas mais lucrativas do povo paranaense.
Em 2015, a Copel atingiu uma receita operacional líquida de cerca de R$ 14 bilhões, e um lucro líquido de R$ 1,3 bilhão. O patrimônio líquido da estatal de energia elétrica, que tem uma carteira de 4,5 milhões de clientes, é de R$ 13 bilhões.
A Sanepar não foge dos números. No mesmo ano, a receita operacional líquida da empresa de saneamento foi de quase R$ 3 bilhões, o lucro líquido foi de R$ 438 milhões, e o patrimônio líquido da empresa é estimado em R$ 4,2 bilhões.
"E não são apenas números como esses que estão em risco com a entrega de parte da empresa. As estatais representam também a vida de milhares de trabalhadores e familiares. São 8.813 funcionários próprios e 6.457 terceirizados na Copel, e 7.473 empregados próprios e 3 mil terceirizados na Sanepar. São mais de 26 mil trabalhadores nas duas estatais".