22/08/2023

Alguém me explica?

imagem-31741

Por Jaqueline R. (*)

 

Eu gostaria de entender por que algumas lojas, imobiliárias e relojoarias em Guarapuava fecham suas portas na hora do almoço. Afinal, esta me parece a hora mais propícia para que aqueles que trabalham durante o “dia útil” têm para resolver seus assuntos pessoais no comércio. Revezamento de funcionário está aí para isso.

Ok, eu até entendo que para alguns empresários isso geraria custos adicionais e etc, mas eu não aceito que este mesmo empreendedor não se arrisque para pelo menos ver se dá certo. O bom empreendedor é aquele que vai bolar uma promoção, um diferencial para atrair mais consumidores, e dessa forma suprir o gasto “adicional” que supostamente teria se não baixasse as portas no horário de almoço.

Por que alguns guarapuavanos têm medo de se arriscar, medo do novo?

Guarapuava é uma cidade consideravelmente grande, bonita, mas tão atrasada em certos aspectos…

De um lado, não temos opções em áreas de lazer para a família nos fins de semana ou ambientes alternativos que fujam dos locais de sempre: CTG´s, baladas de sertanejo universitário e apenas um pub. De outro lado, parte da população ignora novos empreendimentos que se instalam na cidade e, desmotivados, pouco aguentam ficar por um ano.

Como explicar tanta desconfiança ao novo?

De que adianta clamar por um shopping se as novas lanchonetes, restaurantes e afins que abrem na cidade passam meses às moscas até que o guarapuavano realmente confie e prestigie aquilo?

É perceptível que uma coisa puxa a outra, e continuamos rolando a bola de neve do investimento versus desconfiança/desinteresse sem saber ao certo quando “dias melhores” virão.

Alô, povo guarapuavano, digam-me o que vocês querem!

Queremos um shopping? Então, vamos prestigiar o comércio/setores alimentícios já existentes, para que motivados esses empresários propiciem algo MAIOR para nós! Queremos balada boa? Deixemos de lado de vez em quando nossas cobertas no frio de junho e vamos até as pistas de dança aquecer nossos corpos com música! Queremos um centro mais convidativo? Então, deixemos a comodidade de nosso lares e vamos levar animação até às ruas, até o FINAL da XV de novembro, tão “abandonada” (mesmo em finais de semana) no trecho que vai do Lago até a Catedral.

Como minha avó costumava me dizer, “não é a escola que faz o aluno, é o aluno que faz a escola.” Pois bem, não é Guarapuava que faz seu povo, somos nós que fazemos Guarapuava!

 

(*) Jaqueline R. é acadêmica do segundo ano de Jornalismo (UNicentro). Matéria publicada originalmente no blog Gorpa Cult, coordenado pela professora Níncia Teixeira. O Gorpa Cult é parceiro da RSN.

Cristina Esteche

Jornalista

Relacionadas

Este post não possui termos na taxonomia personalizada.

A missão da RSN é produzir informações e análises jornalísticas com credibilidade, transparência, qualidade e rapidez, seguindo princípios editoriais de independência, senso crítico, pluralismo e apartidarismo. Além disso, busca contribuir para fortalecer a democracia e conscientizar a cidadania.

RSN
Visão geral da Política de Privacidade

Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações de cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.