22/08/2023




Brasil Política

Aliel luta contra reformas governistas que prejudicam a população

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Da Redação, com Jair Marques

Brasília – "Poucas legislaturas foram tão intensas na Câmara dos Deputados quanto a atual. Impeachment de uma presidente, cassação do presidente da Casa e uma impopularidade do legislativo marcam os trabalhos no centro do poder nacional." A afirmação é feita pelo deputado federal Aliel Machado. "Para piorar, o Governo Temer enviou recentemente à Câmara reformas estruturantes que vão atingir sensivelmente a vida da população, especialmente a do trabalhador".

Diante deste cenário, coragem para enfrentar o rolo compressor governista é marca para poucos que estão nesta batalha. O mais conveniente é seguir a maré e abrir mão de discutir com franqueza as propostas que podem ser muito prejudiciais à população. Perfil este que não se aplica ao deputado federal ponta-grossense Aliel Machado (REDE).

Desde que iniciou seu mandato em Brasília, no primeiro discurso na tribuna, Aliel já alertou para o que estava por vir. Na ocasião, o parlamentar disse que o Congresso se escondia numa “cortina de fumaça” e que não representava a população, atingindo níveis recordes de desaprovação. De lá pra cá as coisas mudaram, mas para pior. Uma briga entre o então presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB) e a ex-presidente Dilma Roussef (PT), atolou o Congresso numa crise política e consequentemente o país numa crise econômica. Dilma sofreu impeachment há quase um ano e Cunha foi cassado pelos seus pares, que o abandonaram quando o barco afundou.

Em meio a toda essa confusão, Aliel tem se mantido firme na defesa dos direitos do trabalhador. Na discussão das reformas enviadas pelo Governo Temer (PMDB), o parlamentar não poupou críticas à retirada de direitos da população. Tanto na Reforma da Previdência quanto na Trabalhista, Aliel se opôs e buscou promover um debate com a população. Mesmo com a tentativa dos governistas em acelerar os projetos para dificultar as mobilizações populares.

“As reformas são necessárias e importantes para o país. Porém, o Governo Temer não está disposto a debater, quer aprovar a todo custo. Tanto que na reforma trabalhista votou por duas vezes o regime de urgência para que o projeto fosse a plenário o mais rápido possível, sem a discussão necessária para um projeto dessa magnitude. Isso porque ele sabe que tem apenas 4% de aprovação e que a população não o reconhece como representante. Por isso há um ano eu dizia que; nem Dilma, nem Temer, somente uma nova eleição poderia devolver ao povo o direito de escolha de um governo legítimo”, lembrou o deputado.

Durante as votações, Aliel não poupou críticas aos deputados governistas, que buscavam reduzir o debate apenas a volta do crescimento ou então ao fim da contribuição sindical. O parlamentar afirmou que, ao contrário do que muitos diziam, as reformas vão sim tirar direitos dos trabalhadores. A reforma trabalhista, por exemplo, altera cerca de 100 artigos da CLT, incluindo férias, horário de descanso e as negociações salariais, enfraquecendo o trabalhador.

Já a reforma da previdência atinge principalmente os que ganham menos. “Chegou-se ao cúmulo de propor 49 anos de trabalho sem parar. Ou seja, a pessoa não poderia ficar desempregada um ano sequer para chegar a aposentadoria integral, o que aconteceria somente aos 73 anos, com muita sorte. Quem consegue isso atualmente? Além disso, entre outras coisas, queriam propor que o trabalhador rural fosse equiparado ao urbano, sem levar em conta as diferenças de condições. Temos que lutar contra isso”, afirmou. 

Cristina Esteche

Jornalista

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