O deputado federal Aliel Machado (PSB) reforçou, durante sessão da Comissão Especial que analisa a extinção do Foro Especial (PEC 333/17), apoio ao fim do foro em todos os poderes. O parlamentar é membro da comissão, constituída no início do mês e que terá 40 sessões para votar o relatório do deputado Diego Garcia (PODE). Pela proposta, continuariam com foro especial apenas o presidente e o vice-presidente da República, o chefe do Judiciário, e os presidentes da Câmara e do Senado. A PEC também proíbe que constituições estaduais criem situações que permitem o foro especial.
“Acredito que aqui nesta casa é o lugar correto de se fazer esta discussão. Acontece que sempre houve uma proteção dos próprios políticos para eles mesmos. Nós temos aqui corruptos, que se protegeram e que precisam pagar pelos seus atos”, criticou Aliel.
Para ele, os políticos inverteram o que o legislador propôs na Constituição (com a criação do foro). “Usaram como uma proteção ao cargo, para se proteger de crimes”, disse.
Aliel parabenizou ainda o senador Álvaro Dias (PODE) e o deputado Rubens Bueno (PPS), representantes do Paraná no Congresso, que propuseram projetos para acabar com o foro. O deputado chamou a atenção também para outros poderes. “Temos bandido também com toga. Desembargadores, juízes, deputados estaduais, prefeitos, governadores e ministros. Muitos que também se escondem atrás do foro privilegiado. Estamos falando sobre poderosos, que não diz respeito apenas a classe política. Por isso a justiça, como diz a constituição, precisa chegar a todos”, ressaltou.
Por fim, Aliel lembrou que a população não aguenta mais tanta corrupção e que a comissão precisa dar uma resposta á sociedade. “As pessoas estão sofrendo com os desmandos, com a retirada de direitos deste governo, que é um governo fajuto, que está “enlameado” com pessoas sujas e que devem pagar pelos seus erros. Esperamos que o relatório do deputado Efrain Filho (DEM), contemple os anseios da população. E que a população possa acompanhar, porque se o povo não acompanhar, não cobrar, existe a tentativa dos acordos para proteger aqueles que tem o comando e o poder. Que se acham melhores que os outros”, alertou.