Cristina Esteche
A alta do dólar registrada nos últimos dias está beneficiando o agronegócio em Guarapuava e outros 11 municípios atendidos pelo Núcleo Regional da Secretaria Estadual da Agricultura. De acordo com o técnico do Departamento de Economia Rural (Deral), Dirlei Manfio, muitos agricultores aproveitaram a situação para fixar o preço do soja. “A saca chegou a quase R$ 64 e o agricultor garantiu o preço selando compromisso com as cooperativas”.
Embora a colheita da safra do soja e do milho estejam com atraso por causa da oscilação também no tempo, com chuvas e ventos acontecendo de forma isolada, mas diária, o agronegócio prefere colher a soja, invertendo a colheita. “Nesta época o milho já deveria ter sido colhido para então começar a colheita da soja, mas como esse grão está com melhor preço, o produtor está preferindo fazer a colheita da soja que já está entrando na fase de maturação”. Segundo Manfio, da área plantada de 255 mil hectares nos 12 municípios do núcleo da Seab, com estimativa de colheita em torno de 880 mil toneladas, apenas 20% da safra está colhida. Na produção de milho comercial plantada em 78,3 mil hectares com previsão de colher 720 mil toneladas, cerca de 75% já está colhido.
A expectativa do agronegócio agora está na primeira previsão do plantio da safra de grãos norte-americana no final de março. “Se a tendência for para plantar mais o nosso produtor recua, mas a tendência é que a safra seja menor porque os estoques mundiais estão muito altos”.