Quem vai ao mercado sentiu faz tempo, que o preço dos ovos disparou desde fevereiro. E de acordo com análise publicada no Boletim de Conjuntura Agropecuária, elaborado pelo Deral – Departamento de Economia Rural do Paraná, dois são os principais motivos: a alta no consumo e o aumento do custo de produção.
Em relação ao preço pago ao avicultor, o aumento foi de 6,6%, em comparação com janeiro de 2021. No mês passado, a caixa do tipo grande com 30 dúzias foi vendida em média a R$ 117,67. No atacado, o reajuste verificado chegou a 18,8%. Desse modo, a mesma caixa teve preço de R$ 120,41.
No fim da linha, no varejo, o consumidor pagou R$ 6,01 pela dúzia de ovos. Uma alta de 7,3% em relação a janeiro.
FATORES
Conforme o Deral, a escalada pode ser justificada por alguns fatores que se complementam. Por ser um produto de bom custo/benefício em relação a outras proteínas de origem animal, o ovo foi muito procurado. Assim, houve redução na oferta que resulta em alta de preço.
Além disso, o custo de produção de ovos teve grande elevação desde o ano passado, com repasse de parte das despesas para o valor do produto final. A alimentação das aves foi um dos custos que mais pesaram, particularmente o milho e o farelo de soja. Com o dólar em alta, as exportações se tornaram altamente atrativas e a escassez interna levou ao aumento do preço.
De acordo com a Análise, como comparativo, em fevereiro de 2020, um avicultor precisava de 7,9 caixas de 30 dúzias de ovos para adquirir uma tonelada de milho. Em fevereiro deste ano, para ter a mesma quantidade, ele precisa investir 11,4 caixas de ovos. Um aumento de 44,3%.
No farelo de soja, a relação é ainda mais forte. De 15,2 caixas necessárias para uma tonelada do produto em 2020. Agora são necessárias 26,8 caixas, o que significa aumento de 76,3%.
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