O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da estudante de Engenharia Elétrica do Campus Medianeira, Najla Abou Ghaouche Ahmad, resultou em um equipamento inovador. Ele reduz o custo de análise da estabilidade oxidativa em óleos, biodiesel e alimentos. Durante a elaboração do projeto, ela criou uma solução que custa aproximadamente um décimo do preço dos equipamentos disponíveis no mercado.
De acordo com o projeto, a solução combina um bloco digestor comum em laboratórios de análise de alimentos com módulos microcontroladores de leitura de condutividade elétrica. Tudo montado em uma estrutura de acrílico. Este modelo de equipamento é utilizado pelas indústrias de alimentos, biocombustíveis, cosméticos e farmacêuticas. Principalmente para determinar a vida útil de óleos e gorduras utilizados em produções.
Conforme o orientador do projeto, Alex Lemes Guedes, além da produção de alimentos, é possível testar a estabilidade de óleos e gorduras em produtos como cremes e loções. Assim como testar em aditivos antioxidantes. O que vai melhorar a estabilidade de biocombustíveis. Além de avaliar a estabilidade de óleos e gorduras utilizados em formulações farmacêuticas, como cápsulas de gel. O equipamento da estudante custa US$ 2 mil, em comparação aos US$ 25 mil do equipamento tradicional, cujo nome comercial é o Rancimat.
PRÓXIMOS PASSOS
Para Alex Guedes, os próximos passos incluem melhorias na estrutura e no software de aquisição de dados do protótipo. Além da busca por empresas interessadas em adquirir essa tecnologia. O projeto também contou com a orientação do professor dos departamentos de Engenharia Elétrica e Física, Leandro Herculano da Silva. Ela utilizou a infraestrutura do Laboratório de Automação e Desenvolvimento (LAD). Teve também o apoio do Laboratório de Desenvolvimento e Produção de Materiais Didáticos (LAPROMAD).
O trabalho da equipe foi aceito para publicação na revista Food Analytical Methods. Contou com a colaboração de pesquisadores de diversos departamentos do Campus e da Universidade Estadual de Maringá (UEM). No próximo semestre, Najla continuará sua pesquisa durante a dupla diplomação no Instituto Politécnico de Bragança (IPB), em Portugal.
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