22/08/2023


Cotidiano Paraná

Alunos da UTFPR criam luva que traduz a linguagem em Libras

Protótipo criado pelos estudantes funciona com um aplicativo de celular e vocaliza o alfabeto de libras facilitando a comunicação de surdos

luva

Protótipo vocaliza o alfabeto de libras facilitando a comunicação de surdos (Foto: Divulgação)

Um projeto criado por estudantes de Engenharia de Computação da Universidade Tecnológica Federal de Curitiba (UTFPR), Campus Curitiba, será uma ‘mão na roda’ para deficientes auditivos. Trata-se de um protótipo que funciona como um aplicativo de celular e vocaliza o alfabeto de libras.

Conforme os alunos Caroline Rosa da Silva e Moises de Paulo Dias, o principal problema apontado pelos surdos é a falta de intérpretes. Além de pessoas que tenham conhecimento da língua em lojas, restaurantes, bares e outros locais.

De acordo com Caroline, surgiu então a ideia de uma luva tradutora. Diferente dos já existentes no mercado, o protótipo é mais simples e pode ser usado com um aplicativo de celular. Conforme o grupo, o equipamento possui sensores e um microcontrolador responsáveis por captar os movimentos da mão. Dessa forma, o equipamento consegue interpretar as letras do alfabeto de libras e enviá-las via Bluetooth para um aplicativo de celular, que traduz e vocaliza as palavras.

A luva em si não é novidade. Há projetos semelhantes em outros países. No Brasil, também há projetos de luvas, mas nenhum deles utilizou um aplicativo com uso intuitivo e simples. As traduções dos gestos eram feitas em computadores e com o uso de cabos.

O projeto teve início em junho deste ano durante a disciplina do curso em Oficina de Integração 2. “Tínhamos que finalizar a disciplina com algum projeto”. Segundo Caroline, a decisão era fazer algo que tratasse de inclusão. “Saber que nosso trabalho poderia ter uma aplicação real e ajudar diversas pessoas era uma grande motivação”. Conforme a estudante, Bruna havia cursado a disciplina de libras. “Ela trouxe o contexto dessa barreira existente entre deficientes auditivos e não falantes de libras”.

Entretanto, durante o projeto, que encerrou com o fim da disciplina, a estudante Bruna ficou com o mapeamento das letras. Já Moisés com a parte de sensores e placa, e, por fim, Carolina com o aplicativo.

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(Com  informações do Núcleo de Inovação Tecnológica do Paraná)

Cristina Esteche

Jornalista

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