O Centro Universitário Campo Real coloca em funcionamento um programa que existe há cerca de 10 anos no Brasil. É a prática da Justiça Restaurativa que chega em Guarapuava. Por isso, o trabalho envolve acadêmicos de Direito no programa Restaurar, conduzido pelas professoras Juliana Maluf, Viviane Batista e Patricia Melhem Rosas.
A técnica de solução de conflitos prima pela criatividade e sensibilidade na escuta das vítimas e dos ofensores. Os círculos de conversas envolvem autores de violência, vítimas e jovens.
De acordo com a Campo Real, o programa de extensão Justiça em Campo está sediado no Centro de Práticas Restaurativas, no Escritório de Prática Jurídica. Porém, os alunos também vão na comunidade.
Os voluntários fazem círculos com pais de alunos de escolas municipais, refletindo sobre relações familiares e violência contra a mulher. Os mais recentes ocorreram nas escolas Hipolita Nunes Oliveira e Dalila Haenisch Teixeira.
A conversa ainda envolve adolescentes, como foi o caso de turmas do terceiro ano do Colégio Estadual Visconde de Guarapuava. A conversa foi sobre a autoestima, respeito e relacionamentos. De acordo com a professora Merielle Camilo, a cultura da paz é essencial para a construção de um mundo melhor.
Há também círculos envolvendo autores de violência, em convênio com o Tribunal de Justiça do Paraná e encaminhamentos das varas criminais de Guarapuava.