segunda-feira, 19 de mai. de 2025
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Alunos transformam horta escolar em laboratório de cosméticos naturais

O projeto começou com a criação de inseticidas naturais em 2023. Depois, evoluiu para a produção de cosméticos como baton e hidratantes

cosméticos

Tudo é feito a partir de ingredientes cultivados pelos próprios alunos (Foto: SEED-PR)

Estudantes do Colégio Estadual Professora Hercília França do Nascimento, em Mangueirinha, estão inovando ao unir sustentabilidade, ciência e empreendedorismo na escola. A horta do colégio, que antes produzia hortaliças para uso comum, agora é um laboratório de cosméticos naturais.

O projeto começou com a criação de inseticidas naturais em 2023. Depois, evoluiu para a produção de itens como sabonetes aromáticos, hidratantes, batons e xampus sólidos. Tudo é feito a partir de ingredientes cultivados pelos próprios alunos, como lavanda, alecrim, hortelã, babosa e até beterraba. Também são usados pigmentos naturais extraídos de urucum, amora, jabuticaba e casca de pinhão. Este último considerado uma inovação local.

De acordo com a professora Flávia de Mello, idealizadora do projeto, a ideia surgiu após conversas com os estudantes, que demonstravam interesse em temas relacionados ao autocuidado e à sustentabilidade. Com base nisso, os alunos passaram a desenvolver as fórmulas em laboratório, pesquisando artigos científicos e testando combinações de ingredientes como manteiga de karité, óleo de coco e cera de carnaúba.

(Foto: SEED-PR)

Em sete meses, cerca de 40 alunos produziram mais de 100 unidades de cosméticos. O trabalho resultou ainda na criação da marca HF Cosméticos, a partir das aulas eletivas de Empreendedorismo. A intenção é que os produtos sejam, futuramente, submetidos à aprovação de órgãos reguladores, permitindo a comercialização.

RECONHECIMENTO

O projeto ganhou reconhecimento fora da escola. Em 2024, venceu o concurso “Projeto TransformAção”, promovido pela empresa de energia Engie. A escola já havia vencido a edição anterior com o trabalho sobre inseticidas naturais. Com apoio do Ministério Público do Trabalho, que destinou R$ 60 mil à iniciativa, a proposta segue em expansão. Além dos cosméticos, os estudantes também passaram a produzir joias botânicas com resina epóxi, usando flores e folhas prensadas à mão.

*(Com informações AEN)

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Thiago de Oliveira

Jornalista

Jornalista formado pela Universidade Estadual do Centro-Oeste. @tdolvr

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