22/08/2023
Política Região

Amcespar pede implantação de IML em Irati para atender 10 municípios

Amcespar também reivindica uma subdivisão policial e o Serviço de Verificação de Óbito (SVO). Hoje quem atende é o IML de União da Vitória

irati

Junior Benato, prefeito de Inácio Martins (Foto: Arquivo/RSN)

O vácuo gerado pela inexistência do Instituto Médico Legal na Região Centro-Sul do Paraná pautou prefeitos e vereadores. Conforme o presidente da Amcespar, Junior Benato, hoje essa prestação de serviço está centralizada em União da Vitória. “São 10 municípios que dependem dos serviços do IML”. De acordo com Benato, um dos principais argumentos, é que o Estado possui 22 regionais de Saúde. No entanto apenas duas não possuem IML. “Uma delas é a regional de Irati que abrange os municípios da Amcespar”.

Entretanto, com o atendimento ocorrendo em União da Vitória, há dificuldade para os moradores da Região. “Cerca de 80% dos procedimentos no IML são feitos em pessoas vivas e decorrentes de violência. Portanto, precisam de laudos periciais, exames de corpo de delito, entre outros. E também há os casos de mortes violentas. Já tivemos casos de levar até 24 horas para o recolhimento de um corpo. É muito doloroso para as famílias”.

De acordo com Junior Benato, a reivindicação é de que o Instituto seja construído em Irati, anexo ao campus da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro). “Essa implantação pode puxar o curso de medicina”.

CÂMARA DE IRATI ENTREGA DOCUMENTO

Hélio de Melo, Artagão Junior e Guto Silva (Foto: Ascom/Câmara de Irati)

No documento entregue pelo presidente da Câmara de Irati, Helio de Mello, ao chefe da Casa-Civil, Guto Silva, 116 vereadores avalizam essa necessidade. Seis deputados também receberam cópia do documento.

Conforme Benato, outra reivindicação se refere à subdivisão policial e ao Serviço de Verificação de Óbito (SVO). Esse setor é o responsável por determinar a causa da morte, nos casos de morte natural, sem suspeita de violência. Ou com ou sem assistência médica, sem esclarecimento diagnóstico.

Mas, principalmente aqueles por efeito de investigação epidemiológica. Pois pode colocar em evidência os possíveis riscos à saúde que estão em emergência. Tanto os já conhecidos quanto os que não são comuns. Ou ainda casos de uma doença nova em um determinado local. “Estamos confiantes, pois o Governo se mostrou sensível aos nossos pedidos”.

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Cristina Esteche

Jornalista

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