Francisco Wanderley Luiz, o homem-bomba que morreu após detonar explosivos na noite dessa quarta (13) na Praça dos Três Poderes em Brasília, teria compartilhado mensagens de despedida via WhatsApp, informando a intenção de autoextermínio e ataque contra as instituições democráticas. Em parte das mensagens atreladas a ele, o bolsonarista radical teria escrito: “Sugiro a vocês uma data especial para iniciar uma revolução: 15/11/2024. Após esse grande acontecimento vocês poderão comemorar a verdadeira proclamação da república. Em espírito estarei na linha de frente com minha espada erguida. Deus nos abençoe”
‘Tiu França’, como era conhecido o chaveiro de Rio do Sul/SC, foi candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL) em 2020, mas não se elegeu. Na manhã desta quinta (14), o corpo do bolsonarista ainda permanecia no local. As detonações ocorreram em dois pontos, em um carro no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados que pertencia a ele e na entrada do Supremo Tribunal Federal (STF). As explosões ocorreram com um intervalo de 20 segundos, a primeira às 19h30 no carro estacionado no Anexo IV da Câmara.
Em seguida, o homem se aproximou do Supremo Tribunal Federal (STF), lançou explosivos embaixo da marquise e detonou um artefato amarrado no corpo, resultando na própria morte. Segundo testemunhas, Francisco Wanderley Luiz tentou entrar no prédio do STF, mostrou que estava com explosivos presos ao corpo e lançou objetos que aparentavam ser explosivos.
EXPEDIENTE HOJE
Após o ocorrido, a área da Praça dos Três Poderes foi isolada, e o esquadrão antibombas fez varreduras nos arredores do STF e da Câmara dos Deputados. O expediente nos prédios do STF e da Câmara foi suspenso até o meio-dia desta quinta (14), enquanto o Senado cancelou as atividades do dia. O Palácio do Planalto ainda não divulgou se a agenda do presidente Lula será alterada.
A Polícia Civil e a Polícia Federal abriram inquéritos para apurar as motivações do atentado. No carro de Francisco havia materiais semelhantes a explosivos, tijolos e outros itens que sugerem fogos de artifício. Na residência alugada por ele em Ceilândia/DF distante cerca de 30 quilômetros do local do ataque, as forças de segurança encontraram a CNH.
A partir de agora, as Polícias Federal e Civil buscam respostas para a motivação e o alvo do ataque. Além disso, que tipos de artefatos ele acionou, onde o homem comprou os explosivos. A investigação ainda quer revelar se ele agiu sozinho ou se teve a ajuda de outras pessoas. E ainda, desde quando ele estava no Distrito Federal e com quem conversou no telefone e o que falou, antes das explosões. A PF vai investigar as explosões em Brasília como ato terrorista.
(*Com informações do G1)
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