A expectativa da segurança pública de Guarapuava é de que o anúncio feito pelo Governo nesta quarta (4) reduza o déficit nas polícias civil, militar e bombeiros. Esses efetivos trabalham com até 59% de defasagem, como é o caso da PM. De acordo com o anúncio do governador Carlos Massa Ratinho Júnior serão abertos concursos públicos para contratação de 2,4 mil militares estaduais.
São dois mil policiais e 400 bombeiros. Além disso, o Estado vai selecionar 50 delegados, 300 investigadores e 50 papiloscopistas para a Polícia Civil. Também foram abertas 238 vagas para agentes de cadeia para complementar o quadro do Departamento Penitenciário (Depen). Entretanto, de acordo com sindicalistas, os números anunciados não serão suficientes para compor o vácuo existente.
No 16º Batalhão da Polícia Militar, sediado em Guarapuava, a previsão desde o início é de 758 policiais. Porém, a defasagem chega a 49% em relação ao previsto, segundo entrevista recente do subcomandante Major Cristiano Cubas ao Portal RSN.
NA RESERVA
Outro fenômeno que tem causado a redução do efetivo da Polícia Militar está relacionado a possibilidade da reforma da previdência. “Muitos policiais que já têm o direito adquirido, estão entrando com pedido de aposentadoria, que no nosso caso é a reserva. Entre dois e três policiais estão pedindo a aposentadoria por semana, e isso só vai diminuindo ainda mais o efetivo. É uma realidade dentro da Polícia Militar do Paraná, não é um problema exclusivo de Guarapuava”, afirmou o Major Cubas.
Porém, segundo o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Péricles de Matos, os batalhões operacionais de todo o Estado terão seus quadros ampliados e poderão apresentar mais resultados à população.
“É um momento restaurador para a segurança pública. Isso demonstra o interesse do Estado em fazer com que as ações sejam práticas. A comunidade está sendo beneficiada, e não apenas com lançamento de policiais nas ruas, mas lançamento com estratégia e planejamento. E também os policiais da ativa, que convivem com escalas apertadas, terão melhor qualidade de vida”.
POLÍCIA CIVIL
Na Polícia Civil o cenário não é diferente. Em Guarapuava são apenas três delegados quando o número mínimo deveria ser cinco. Apenas 22 investigadores atuam em Guarapuava, Candói, Foz do Jordão, Campina do Simão e Turvo. Entretanto, muitos atuam com desvio de função. Isso aumenta ainda mais o déficit no setor.
Para se ter uma ideia, a 14ª Subdivisão Policial possui um índice aproximado de 8 mil habitantes para cada investigador, segundo dados populacionais extraídos do Ipardes. Porém, o cálculo é do Sindicato da categoria. Nesse sentido, para a Polícia Civil, a abertura do edital é imprescindível para que a corporação desempenhe sua função de polícia judiciária.
O delegado-geral Silvio Rochemback disse que as novas vagas serão distribuídas de acordo com critérios técnicos para atender demandas represadas que sobrecarregam o trabalho de investigação. “É o compromisso do governador em ter a melhor segurança pública do País. Não adianta ter a melhor tecnologia sem recursos humanos bem qualificados e capacitados”.
CORPO DE BOMBEIRO
Enquanto isso, no Corpo de Bombeiros de Guarapuava, o efetivo está com 39% do previsto. Assim, são 85 profissionais contando os oficiais, para atender 21 municípios. Isso equivale a cerca de 500 mil habitantes. O número real deveria ser de 218 militares.
Entretanto, segundo o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Samuel Prestes, os novos bombeiros vão reforçar unidades de diversas Regiões do Estado, com a ampliação principalmente nos serviços de atendimento às emergências.
DEPEN
Todavia, o Departamento Penitenciário também terá novos agentes de cadeia. A contratação dos agentes será por meio do Processo Seletivo Simplificado (PSS) para atuar nas unidades que ainda serão concluídas até o fim deste ano ou até meados de 2020. Eles serão responsáveis pela segurança interna e condução da rotina dos presos.
Para o secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária, Rômulo Marinho Sores, as polícias têm buscado trabalhar com planejamento estratégico, integração, inteligência e boas práticas. “A meta do governador é valorizar os recursos humanos. Ele me disse para tirar do papel tudo o que está atrasado: promoções, progressões e concursos. O resultado final disso é o melhor atendimento para a sociedade”.
PROGRESSÕES
Ainda na cerimônia desta quarta (4), o governador assinou um decreto autorizando as progressões de mais 143 policiais militares. Em julho, ele já havia assinado os avanços de carreira de 1.582 policiais militares e civis.
“É um momento restaurador para a segurança pública. Isso demonstra o interesse do Estado em fazer com que as ações sejam práticas. A comunidade está sendo beneficiada, e não apenas com lançamento de policiais nas ruas, mas lançamento com estratégia e planejamento. E também os policiais da ativa, que convivem com escalas apertadas, terão melhor qualidade de vida”.
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