22/08/2023


Brasil Cotidiano Saúde

Anvisa aprova 1º medicamento para tratar pacientes com covid-19

O medicamento não é vendido em farmácias e não substitui a vacina. Além disso, a vacina da AstraZeneca/Oxford é a 2ª a obter registro no país

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Anvisa fez liberação a partir de estudos de melhoras em pacientes que tomaram medicamento (Foto: Reprodução Anvisa)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta sexta (12), o registro do primeiro medicamento para pacientes hospitalizados com covid-19. Trata-se do antiviral Remdesivir, que ainda está em estudos. Conforme o registro, recomenda-se o medicamento para adultos e adolescentes com mais de 12 anos. E que pesem pelo menos 40 quilos.

Mas desde que os pacientes estejam hospitalizados com quadro de pneumonia, e precisem de administração suplementar de oxigênio. No entanto, não podem estar em ventilação mecânica. De acordo com a Anvisa é um antiviral usado de forma intravenosa (injetado) não disponível para venda em farmácias. O medicamento funciona impedindo replicação do vírus. Porém, a Organização de Saúde (OMS) desaconselhou o uso. O medicamento não substitui as vacinas contra a covid-19.

Um estudo usado pela Anvisa para justificar a liberação apontou que os pacientes que tomaram o medicamento se recuperaram mais rapidamente que os demais. Assim sendo, conforme informações, os que receberam o remdesivir tiveram melhora clínica em 10 dias. Já os que não receberam tiveram melhora em 15 dias. Nos estudos, de acordo com a Anvisa, nenhum paciente que utilizou o antiviral morreu. Entre os efeitos adversos, foi observado, em alguns casos, toxidade no rim.

REMDESIVIR E A OMS

O Remdesivir é um medicamento sintético produzido pela biofarmacêutica Gilead Sciences com nome comercial Veklury. Conforme o gerente geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, o Remdesivir não está disponível  em farmácia e pode ter aplicação apenas com supervisão médica.

Em outubro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) apresentou resultados de um estudo conduzido pela entidade que concluiu que não recomenda-se o Remdesivir para pacientes hospitalizados com covid-19. Isso porque o antiviral não evita mortes, nem o agravamento da doença.

Apesar do registro desta sexta, o especialista em Regulação e Vigilância Sanitária da agência, Raphael Sanches, afirmou que “ainda restam algumas pendências” que estão sendo pesquisadas sobre o produto. Entre elas, o comportamento do insumo farmacêutico ativo. Porém ele afirmou que a segurança e eficácia estão comprovadas.

Conforme informações, o Remdesivir  tem prazo de validade de 36 meses. Para tratar os casos hospitalizados, a utilização deve obedecer o prazo mínimo cinco dias e, no máximo, 10 dias.

No passado antiviral já combateu a hepatite C e o ebola.

ASTRAZENECA/OXFORD

Ainda nesta sexta (12), a Anvisa também informou o registro definitivo à vacina da AstraZeneca/Oxford contra a Covid-19, com etapa de fabricação no Brasil. A vacina é a segunda a obter o registro sanitário definitivo no país e já teve o uso emergencial liberado em janeiro.

“A vacina já vinha sendo utilizada pelo uso emergencial no Brasil. Mas agora vai ter registro aqui na agência com uma etapa de fabricação aqui no Brasil. O que a gente acredita que representa maior autonomia, maior acesso à vacina”, informou a Anvisa.

A vacina da AstraZeneca já tinha autorização para uso emergencial, assim como a CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan. O primeiro registro definitivo foi dado para a vacina da Pfizer, em 23 de fevereiro. No entanto, ela não tem acordo com o governo ou distribuição no Brasil.

(*Com informações do G1)

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Gilson Boschiero

Jornalista

Possui graduação em Jornalismo, pela Universidade Metodista de Piracicaba (1996). Mestre em Geografia pela Unicentro/PR. Tem experiência de 28 anos na área de Comunicação, com ênfase em telejornalismo e edição. Foi repórter, editor e apresentador de telejornais da TV Cultura, CNT, TV Gazeta/SP, SBT/SP, BandNews, Rede Amazônica, TV Diário, TV Vanguarda e RPC. De 2015 a 2018 foi professor colaborador do Departamento de Comunicação Social da Unicentro - Universidade do Centro-Oeste do Paraná. Em fevereiro de 2019, passou a ser o editor chefe do Portal RSN.

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