22/08/2023

Ao povo pão e circo. Ou, ao povo feijoada e show

Alguns dizem que sou critico demais. Outros dizem que acumulo magoas demais. Há quem diga ainda que não consigo ver nada de bom no que está sendo feito. Engano. Apenas acredito que podem existir governos competentes, comprometidos, apartidários e que busquem o bem do povo.

 

Ao longo da minha vida acompanhei vários governos, várias fases, várias eras e vários "reis". Todos com sua vaidade, com seu jeito próprio de administrar. Alguns bons, outros menos e outros péssimos.

 

Tenho andado muito e conversado muito com pessoas que não vivem de política e nem vivem a política em Prudentópolis. São pessoas comuns, que sentem na pele quando a administração é ineficiente, pra não dizer incompetente. Essas pessoas comuns, que somadas uma a uma são as verdadeiras geradoras do desenvolvimento de Prudentópolis, esperam pouca coisa de uma administração municipal. Algumas um pequeno trecho de estrada, para poderem produzir. Outras um atendimento digno na saúde. Há famílias que esperam uma educação de qualidade para seus filhos, pois é só o que podem deixar de herança.

 

Também tenho ouvido muitas, e muitas, e muitas criticas pesadas à atual administração, que, segundo essas criticas, "deu as costas ao povo após as eleições".

 

É fato inconteste que nada de efetivo foi feito após as eleições. Que as principais obras pararam e que nenhuma nova, a não ser a garagem exclusiva do prefeito, iniciou este ano.

 

Agora, convenhamos, com a "casa caindo" é admissível que um governo que claramente não se programou para um período de transição dele para ele mesmo, que acumula problemas e mais problemas, pode pensar apenas na Festa do Feijão? Tudo bem, projeta Prudentópolis para o País. Mas é inadmissível projetar uma Prudentópolis arrebentada, sem estrutura urbana e rural, sem planejamento, feia pela falta de conservação e preservação das vias públicas.

 

Primeiro arrume a casa, ajeite a cidade e dê condições de trabalho ao homem do campo. Depois venda a cidade com suas belezas para o País.

 

Quem vem e vê uma cidade arrebentada, que sobrevive apenas de marketing, não volta e ainda fala mal dela.

 

Na minha opinião, quem não tem competência administrativa deve entregar o chapéu.

 

E o povo? Bom, o povo…

Cristina Esteche

Jornalista

Relacionadas

Este post não possui termos na taxonomia personalizada.

A missão da RSN é produzir informações e análises jornalísticas com credibilidade, transparência, qualidade e rapidez, seguindo princípios editoriais de independência, senso crítico, pluralismo e apartidarismo. Além disso, busca contribuir para fortalecer a democracia e conscientizar a cidadania.

Pular para o conteúdo