22/08/2023
Geral

Apesar de pendências judiciais, rodoviária de Guarapuava vai ter melhorias

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Cristina Esteche –  Foto: Parte do telhado foi danificada por vendaval 

A administração municipal de Guarapuava já licitou e contratou a empresa vencedora para reformas pontuais em prédios públicos. O recurso é de R$ 2,5 milhões, oriundo dos cofres municipais. Um dos contratos prevê melhorias na Rodoviária Municipal de Guarapuava, entre outros espaços. O segundo é destinado exclusivamente para melhorias na estrutura física de escolas e centros de educação infantil priorizando o Cemei do Boqueirão.

De acordo com o secretário municipal de Obras, Ivanês Joséfi, no contrato que prevê obras em várias secretarias municipais, a prioridade é para uma recuperação emergencial na Rodoviária Municipal. “Do valor de R$ 2,5 milhões foram destinados R$ 206 mil que vamos investir na troca do telhado, na recuperação dos corrimões, no piso das rampas, na substituição dos bancos e cadeiras na área de espera para embarque, troca de vidraças quebradas, recuperação de uma das paredes”. Nessa quarta (22), o secretário e engenheiros da MI Engenharia fizeram o levantamento e o serviço deve começar já nos 15 dias.

Segundo o secretário, numa segunda etapa haverá uma reforma ampliada, pois  uma emenda federal foi aprovada ontem, quinta (22), no valor de R$ 430 mil especificamente para melhorias no local e que serão executadas tão logo os projetos sejam aprovados. “Com o recurso dessa emenda a ideia é  fazer uma reforma ampla, revitalizar os sanitários, substituir o piso, entre outras melhorias que não mexam na estrutura original do prédio”.

"Pendenga" judicial

Construída na primeira gestão do ex-prefeito Fernando Ribas Carli, o prédio encontra-se em processo litigioso na Justiça, há cerca de 21 anos. Segundo informação extraoficial, o  valor da ação estaria em R$ 98 milhões, numa demanda que envolve a Construtora Jonas Sanchez e o Município de Guarapuava. Na época, a Prefeitura faltou com pagamentos alegando problemas estruturais na obra e, desde então, o caso vem passando de prefeito para prefeito, sem uma solução, mas um dia terá que ser pago.

“Sem a solução dessa pendência judicial o município não pode mexer na estrutura física. Sabemos que há  muitas reclamações por parte dos usuários sobre o frio na época de inverno, mas estamos impossibilitados de fazer qualquer alteração enquanto  esse problema não for resolvido”, esclarece Ivanês.

Fora do padrão

Para os padrões iniciais da época, a obra da Rodoviária municipal foi considerada acima das necessidades dos passageiros e das possibilidades do Município. Basta observar que mais da metade do prédio ficou vazia  e continua vazia. A  parte superio, projetada para ser um restaurante panorâmico, nunca foi utilizada adequadamente e a manutenção é precária. No piso térreo há uma única lanchonete, a Secretaria Municipal da Agricultura está lá instalada – uma forma que a atual administração municipal encontrou ocupar os espaços vazios  e evitar custos com aluguel, além da administração do Canil Municipal, do centro de treinamento de tênis de mesa e uma escolinha de judô.

Pendência fundiária

Outro problema envolvendo a Rodoviária Municipal é a pendência de desapropriação de parte da área. “Eram vários terrenos que foram desapropriados, mas um ainda está pendente e pertence ao espólio de Aragão de Mattos Leão Filho. Isso nunca foi resolvido, agora é que o prefeito Cesar Filho fazendo a regularização fundiária pendente”, disse o secretário.

Cristina Esteche

Jornalista

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