A movimentação prometida para o feriado do Dia da Independência já teve início na noite dessa segunda (6) no Distrito Federal. Isso porque apoiadores do presidente Jair Bolsonaro furaram o bloqueio da Polícia Militar e ingressaram na Esplanada dos Ministérios.
Conforme as informações, o trânsito na Região estava fechado para carros desde a noite de domingo (5), mas após pressão dos manifestantes a PM liberou o bloqueio, permitindo que carros descessem em direção ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Os veículos seriam autorizados a entrar à 0h, mas alguns manifestantes tentaram forçar uma entrada com veículos num dos pontos de bloqueio. A situação foi contornada”, informou a PM, em nota. Em vídeos publicados nas redes sociais, é possível ouvir um homem gritando: “Acabamos de invadir, a polícia não deu conta de segurar o povo”. Ele ainda completa: “E nós vamos invadir o STF amanhã”.
Assim, após romperem o bloqueio, caminhões e centenas de manifestantes avançaram até a frente do Palácio do Itamaraty, parando em um bloqueio a poucos metros do Congresso Nacional. Desse modo, as forças de segurança montaram um cordão de isolamento, com cerca de 30 policiais, enquanto na retaguarda havia unidades da tropa de choque.
MOVIMENTAÇÃO
Além disso, motoristas de caminhões buzinam e aceleram, sem sair do lugar, para estimular os manifestantes a seguirem adiante. A todo momento, há gritos de “libera, libera” em direção aos policiais. Muitos manifestantes consomem bebidas alcoólicas.
Um princípio de confusão teve início entre os próprios manifestantes, que queriam retirar um líder caminhoneiro que estava mais exaltado e estimulava romper o bloqueio. Os gramados da Esplanada ficaram cheios de carros e caminhões estacionados. Alguns manifestantes montaram barracas bem próximas ao Congresso.
Os presentes mesclavam ofensas ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, com o hino nacional e da Independência. Também havia faixas com os dizeres “supremo é o povo” e críticas a personalidades políticas, como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), até então poupado pelos bolsonaristas.
*Com informações de Folhapress