Apoios darão a Richa um terço do horário eleitoral

Além de garantir mais apoios e cabos eleitorais para a candidatura, as coligações partidárias são fundamentais para angariar minutos e até segundos a mais no horário eleitoral. Em 2014, é provável que o governador Beto Richa (PSDB), pré-candidato à reeleição no estado, tenha o maior tempo disponível e fique com pelo menos seis minutos de propaganda no rádio e na TV – 33% do total. A senadora Gleisi Hoffmann (PT), sua principal oponente, deve ficar com a segunda maior faixa de tempo nos veículos de comunicação, com quase três minutos.

Os pré-candidatos ao governo do estado Beto Richa (PSDB) e Gleisi Hoffmann (PT) lutam para conseguir pelo menos mais cinco minutos de propaganda partidária nos veículos de comunicação. O tempo corresponde à soma dos minutos a que têm direito PMDB, PSD, PP e PR, que, além de PSDB e PT, contam com as maiores bancadas na Câmara Federal.

O PMDB é o mais visado dos partidos. Com dois minutos de horário político, a legenda ainda não definiu se vai apoiar um dos dois pré-candidatos ou se vai lançar candidatura própria para o governo estadual. Já o PSD, que tem direito a 1,2 minuto, tem o empresário Joel Malucelli como possível concorrente ao Palácio Iguaçu, mas ainda não fechou as conversas com os demais partidos.

O PP, legenda do secretário estadual de Indústria e Comércio, Ricardo Barros, tende a se coligar nas majoritárias com o pré-candidato Silvio Barros (PHS), irmão dele. Porém, se a aliança não prosperar, poderá negociar o 1,1 minuto a que tem direito no horário eleitoral. O PR, que no último pleito fez parte da coligação do ex-senador Osmar Dias (PDT), também não definiu apoio em 2014. O partido tem 55 segundos de inserções na TV e no rádio.

Outros partidos menores – PCdoB, PTdoB, PRP, PTN, PRTB, PCO, PPL e PEN –, ainda não definiram apoios para as eleições deste ano e, juntos, detêm quase 2 minutos de propaganda eleitoral.

Em 2010, todos os candidatos ao governo do Paraná tiveram direito a 18 minutos de propaganda eleitoral, que foram divididos de acordo com o tamanho das bancadas de deputados federais de cada partido. A definição do tempo total neste ano ainda depende de deteriminação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A projeção dos tempos para a eleição de outubro foi feita pela reportagem seguindo a tendência das coligações formadas no último pleito, quando Richa teve direito a 6 minutos e 51 segundos, e as definições partidárias fechadas até agora. A soma também leva em conta a hipótese de todos os partidos lançarem candidatos ao governo ou apoiarem algum concorrente. Caso isso não ocorra, o tempo é redistribuído entre as demais legendas.

Dentro da possível aliança, o próprio partido de Richa é o que tem direito a mais tempo de propaganda (1,2 minuto), seguido do DEM, que soma mais 48 segundos de inserções. Além deles, PSB e PTB, legendas que já confirmaram apoio ao governador em 2014, somam mais 1,3 minuto nos programas, totalizando, por ora, 6,1 minutos para o tucano. As demais legendas, que ainda não confirmam a coligação, mas devem se aliar ao tucano na disputa majoritária, somam quase três minutos a mais na TV e no rádio.

Já Gleisi vai contar com os 2,2 minutos destinados ao PT, que possui hoje a maior bancada na Câmara Federal. Se confirmar a aliança com o PDT, do ex-senador Osmar Dias, deve ganhar mais 36 segundos de propaganda partidária, fechando 2,8 minutos até agora. Tanto a petista quanto o atual governador correm atrás de apoios partidários importantes que somariam tempo no programa eleitoral, como PP, PSD e PMDB (leia mais na matéria ao lado), que juntos detêm 4,3 minutos.

OUTRAS CANDIDATURAS

Se conseguir o apoio do PP e do Pros, o ex-prefeito de Maringá e pré-candidato ao governo Silvio Barros (PHS) deve ter direito a quase dois minutos no horário eleitoral. Seguindo a tendência do último pleito, quando lançou candidato próprio ao governo em uma chapa pura, o PV, da deputada federal Rosane Ferreira, terá direito a 24 segundos no rádio e na TV. Já o empresário Joel Malucelli (PSD) terá 1,2 minuto se lançar uma candidatura sem coligações.

A aliança do PSol com o PCB deve garantir pouco mais de 26 segundos para o assistente administrativo Bernardo Pilotto (PSol) expor suas propostas nos meios de comunicação. O PSTU, que não tem representantes na Câmara Federal e lançou a pré-candidatura de Rodrigo Tomazini ao governo, terá 11,2 segundos.