22/08/2023


Cotidiano Paraná

Após 120 dias de restrições para a pesca, termina a Piracema no Paraná

Piracema é determinada para respeitar a reprodução das espécies nativas. Período teve cinco forças-tarefas e soltura de 770 mil peixes

fiscalização piracema

Piracema respeita a reprodução das espécies nativas. Período teve cinco forças-tarefas e soltura de mais 770 mil peixes (Foto: IAT)

A Piracema, período de restrição à pesca de espécies nativas para preservar a reprodução, chega ao fim após 120 dias. Em quatro meses houve cinco forças-tarefas de fiscalização e o repovoamento dos rios com 770 mil peixes por meio do Programa Rio Vivo. O período abrangeu desde o dia 1º de novembro do ano passado até essa segunda (28).

A restrição é determinada pelo Instituto Água e Terra (IAT) há mais de 15 anos. De acordo com o IAT, a Piracema tem a finalidade de respeitar a reprodução de todas as espécies nativas do Estado. Entre as espécies protegidas no período estão bagre, dourado, jaú, pintado, lambari, mandi-amarelo, mandi-prata e piracanjuva.

Contudo, não entram na restrição as espécies consideradas exóticas (introduzidas no meio ambiente pelo homem), como bagre-africano, apaiari, black-bass, carpa. E ainda, corvina, peixe-rei, sardinha-de-água-doce, piranha-preta, tilápia, tucunaré e zoiudo. Ainda conforme a Agência Estadual de Notícias, também não entram espécies híbridas, que são organismos resultantes do cruzamento de duas espécies.

Desse modo, considerando o comportamento migratório e de reprodução das espécies nativas, a pesca fica proibida na bacia hidrográfica do Rio Paraná. A bacia compreende o rio principal, afluentes, lagos, lagoas marginais. E ainda, reservatórios e demais coleções de água inseridas na bacia de contribuição do rio.

De acordo com a Agência, desde agosto de 2021, já foram soltos 1,4 milhão de peixes nativos nas Bacias Hidrográficas dos Rios Ivaí, Paraná, Paranapanema e Iguaçu. Até o fim do ano, devem ser soltos mais 1,2 milhão, atingindo a marca de 2,6 milhões.

FISCALIZAÇÕES

Ao longo da Piracema, o IAT promoveu cinco operações de força-tarefa a fim de combater o desrespeito com as normativas e levar orientação a pescadores. O órgão também cumpriu uma denúncia que identificou a venda ilegal de peixes em comércio. Os infratores receberam penalidades e sanções previstas na legislação.

A lei de crimes ambientais define multas de aproximadamente R$ 700 por pescador e mais de R$ 20 por quilo de peixe pescado. Além disso, pode ocorrer apreensão dos materiais de pesca, como varas, redes e embarcações. Há fiscalização do transporte e da comercialização neste período.

Assim, em cinco forças-tarefas e uma fiscalização por denúncia, os agentes apreenderam 206 quilos de peixes nativos à venda em comércios. As apreensões acabaram destinadas a instituições de caridade. Por fim, as fiscalizações também resultaram em notificações e multas de mais de R$ 328 mil, além de apreensões de equipamentos de pesca.

Leia outras notícias no Portal RSN.

Gilson Boschiero

Jornalista

Possui graduação em Jornalismo, pela Universidade Metodista de Piracicaba (1996). Mestre em Geografia pela Unicentro/PR. Tem experiência de 28 anos na área de Comunicação, com ênfase em telejornalismo e edição. Foi repórter, editor e apresentador de telejornais da TV Cultura, CNT, TV Gazeta/SP, SBT/SP, BandNews, Rede Amazônica, TV Diário, TV Vanguarda e RPC. De 2015 a 2018 foi professor colaborador do Departamento de Comunicação Social da Unicentro - Universidade do Centro-Oeste do Paraná. Em fevereiro de 2019, passou a ser o editor chefe do Portal RSN.

Relacionadas

A missão da RSN é produzir informações e análises jornalísticas com credibilidade, transparência, qualidade e rapidez, seguindo princípios editoriais de independência, senso crítico, pluralismo e apartidarismo. Além disso, busca contribuir para fortalecer a democracia e conscientizar a cidadania.

Pular para o conteúdo