Em Pato Branco 169 animais foram encontrados em duas ações de fiscalização em residências no interior do município. De acordo com a Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), a verificação dos casos ocorreu por meio do Instituto Água e Terra (IAT) após denúncias de maus-tratos. O Batalhão de Polícia Ambiental – Força Verde (BPAmb-FV), a Polícia Civil e a prefeitura também participaram da fiscalização.
Conforme a coordenadora de Recursos Naturais e Educação Ambiental da Sedest, Fernanda Góss Braga as denúncias chegaram à Secretaria por meio do Conselho Regional de Medicina Veterinária. “Encaminhamos os documentos apresentados ao escritório regional de Pato Branco para verificação”.
Na primeira abordagem, que contou com a atuação de dois órgãos estaduais, os agentes encontraram 25 animais em situação de vulnerabilidade. Eles estavam presos em espaços pequenos e sujos, com a presença de fezes, urina e alguns roedores mortos. Além disso havia potes com água suja e sem alimentação disponível.
De acordo com a fiscalização alguns estavam aparentemente desnutridos e feridos. O proprietário da área informou que aluga o local sem contrato. Dessa forma as equipes entraram em contato com o suposto locatário, mas ele não compareceu no local. Assim a Sedest encaminhou o proprietário da área à Delegacia da Polícia Civil para os procedimentos legais e autuado em R$ 25 mil.
ANIMAIS FERIDOS
Como havia quatro cães feridos, em estado mais crítico, a Prefeitura os levou para tratamento veterinário e os demais ficaram sob a responsabilidade da Secretaria do Meio Ambiente do município. Já a segunda abordagem aconteceu nesta sexta (13) pelos profissionais do Escritório Regional do IAT em Pato Branco, com apoio da Polícia Civil e da Administração Municipal. Na propriedade os policiais identificaram 144 animais.
De acordo com a Agência Estadual de Notícias, os cães estavam sendo criados com o objetivo de comercialização e estavam presos em gaiolas. Segundo a chefe do Escritório Regional de Pato Branco, Flávia Ostapiv houve o registro dos dois casos na delegacia.
São situações tristes que, infelizmente, precisam ser mostradas para que não aconteçam novamente.
Além disso o proprietário dessa residência deve se apresentar ao IAT na próxima semana para prestar esclarecimentos. Conforme o assistente que atendeu as ocorrências, Vitor Debastiani Valer, manter animais presos da maneira como observado na ação já caracteriza maus-tratos, mas poucos sabem.
CRIME
Considera-se maus-tratos a violência física, o abandono, manter o animal preso a correntes ou cordas, ou em locais sem ventilação ou entrada de luz. De acordo com a AEN manter eles trancados em locais pequenos e sem cuidado com a higiene, com restrição de movimentação ou até mesmo desprotegido contra o sol, chuva ou frio também caracteriza o crime.
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