22/08/2023
Guarapuava Saúde

Após dois anos de vacinação, percentual cai em Guarapuava e no PR

É grande o vácuo entre a primeira e a quarta dose da vacina contra a covid-19, apesar do vírus continuar circulando e agora transmutado

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Campanha de vacinação contra a Covid-19 completa dois anos no Paraná (Foto: Arquivo AEN)

Esta quarta (18) faz dois anos que o primeiro avião com vacinas contra a covid-19 pousou em Curitiba. Era o começo da maior mobilização vacinal dos últimos tempos. Conforme os dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), até agora são 28,5 milhões de doses aplicadas no Paraná.

Embora a pandemia não tenha acabado, ainda há um vácuo na imunização. Isso porque cerca de 92,4% da população paranaense tomou a primeira dose (D1) ou a dose única (DU), e 92,3% deste público recebeu a segunda dose (D2). Com o avanço das pesquisas, novas doses foram recomendadas para reforçar o combate à covid-19.

Dentro desse quadro, no entanto, 64,6% dos cidadãos tomaram a primeira dose de reforço (REF). Mas somente 26% tomaram a segunda dose de reforço (R2), que está liberada para maiores de 18 anos desde novembro do ano passado. Em Guarapuava, os números de pessoas imunizadas com até a quarta dose preocupa o diretor em Vigilância em Saúde, Hiagor Silva.

Isso porque, se 95% da população está vacinada com a primeira dose, as demais começam a cair. “Temos 82% que tomaram a segunda dose. Mas para a terceira, a porcentagem cai para 50% e a quarta para 20%”. Em relação às crianças com idade abaixo de 12 anos, conforme Hiagor, a cobertura é ainda mais baixa. “Precisamos de maior apoio dos pais. Estamos com 70% vacinados com a primeira dose e 40% com a segunda. E temos aí o retorno às aulas”.

É PRECISO EVITAR QUADROS GRAVES

De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, é preciso continuar contando com o apoio dos paranaenses. “Precisamos deixar as doses em dia e evitar quadros graves da doença”. Em Guarapuava, segundo Hiagor, há o imunizante em todas as unidades de saúde.

Segundo os dados da Sesa, o Paraná ainda possui aproximadamente 4,3 milhões de pessoas habilitadas para tomar a R2. Além disso, 2,8 milhões são considerados faltosos na REF (terceira), 782 mil não tomaram a D2 e quase um milhão não tem registro da primeira dose da vacina.

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Cristina Esteche

Jornalista

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