22/08/2023


Mundo Segurança

Após explosão, equipes buscam por sobreviventes no Líbano

Tragédia, deixou mais de 100 mortos, quatro mil feridos e 100 desaparecidos, segundo estimativa da Cruz Vermelha libanesa

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Imagem feita por drone mostra a local da explosão no porto de Beirute, no Líbano (Foto: Hussein Malla/AP)

Depois da forte explosão que devastou a área portuária de Beirute, capital do Líbano na tarde dessa terça (4), equipes de resgate fazem buscas por sobreviventes nesta quarta (5). A tragédia, deixou mais de 100 mortos, quatro mil feridos e 100 desaparecidos, segundo estimativa da Cruz Vermelha libanesa.

Ainda de acordo com as informações, ainda há fumaça saindo do local da explosão, segundo a Associated Press. Por isso, as principais ruas do Centro da cidade amanheceram cheias de escombros, com as fachadas dos edifícios destruídas e veículos danificados.

Imagens de drones mostram que a explosão atingiu silos de trigo que ficavam no porto. Estimativas iniciais indicam que cerca de 85% dos grãos do país, que são majoritariamente importados, estavam armazenados nos armazéns que foram destruídos.

A suspeita é que a explosão tenha partido de um armazém que guardava nitrato de amônio, um tipo de fertilizante, com grande potencial explosivo quando exposto a altas temperaturas. O presidente Michel Aoun disse ontem (4) que é “inaceitável” que 2.750 toneladas de nitrato de amônio fossem armazenadas por seis anos em um depósito sem a segurança necessária.

Apesar de o país já ter sido alvo de terroristas e viver período de instabilidade política, não há evidência de que se trate de um atentado terrorista. Além disso, o primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, declarou que o país enfrenta uma catástrofe e declarou luto oficial de três dias. Ele disse também que o governo irá investigar os responsáveis pelo armazém que funcionava no porto da capital desde 2014.

Eu prometo que esta catástrofe não passará sem que os culpados sejam responsabilizados. Os responsáveis pagarão o preço.

O nitrato de amônio se apresenta como um pó branco ou em grânulos solúveis em água e é seguro – desde que não aquecido. A partir de 210 °C, decompõe-se e, se a temperatura aumentar para além de 290 °C, a reação pode tornar-se explosiva. Um incêndio, tubos superaquecidos, fiação defeituosa ou relâmpagos podem ser suficientes para desencadear tal reação em cadeia.

*Com informações do Portal G1. 

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Cristina Esteche

Jornalista

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