O fluxo de navios nos Portos do Paraná está intenso. Desse modo, a quantidade de embarcações atracadas e em operação beira a taxa de 100% de ocupação do cais e píeres nos dois portos – de Antonina e Paranaguá. De acordo o diretor-presidente da empresa Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, essa otimização do uso do espaço de acostagem reflete positivamente em toda a comunidade portuária e agentes envolvidos nas operações.
“Mesmo com a pandemia, os portos do Paraná não pararam. Pelo contrário, estamos tendo que dar conta da demanda crescente, principalmente para manter a nossa missão de entregar alimentos e produtos essenciais para o mundo”. Até o último dia 15, foram 2.179 atracações – quase 6% a mais que no mesmo período de 2019, com quase 2.060 atracações.
“Manter esse ritmo e dar conta da demanda só é possível graças aos esforços da comunidade e dos trabalhadores portuários. Também da mão de obra e do empenho do campo, da indústria e do transporte, que seguem, na outra ponta e ao longo da cadeia logística, na mesma intensidade”.
PROGRAMAÇÃO
Conforme o diretor de Operações da Portos do Paraná, Luiz Teixeira da Silva Júnior, a grande vantagem é ter os berços flexíveis no cais comercial, cuja ocupação tem maior impacto. “Embora tenham as preferências (de operador e/ou produtos), são berços que operam com qualquer tipo de carga. Uma vez conciliado o tamanho dos navios, a gente consegue receber o número máximo de navios no cais comercial, que são treze”.
Ele explica que “é um trabalho de encaixe”. É preciso medir os navios, o espaço existente e ir encaixando as embarcações, de acordo com as programações de carga. A atracação é conciliada com a programação das cargas. Desse modo, no caso dos embarques, as cargas devem estar no porto para carregar. Entretanto, no caso dos desembarques, é preciso ter espaço na retaguarda para receber os produtos que chegam.
De acordo com Teixeira, a melhor ocupação dos cais e dos píeres nos portos do Paraná impacta em toda a comunidade portuária. “Todos ganham. Quer dizer que o armador está gastando menos com espera de navio, que o importador está recebendo sua mercadoria em menor tempo. Além disso, que os trabalhadores estão tendo trabalho e recebendo mais e, mais do que nunca, significa que o porto está atendendo, de maneira eficiente, todos os usuários”.
MELHORIAS
A contínua melhoria em infraestrutura portuária e marítima, otimização de janelas de atracação, a manutenção da continuidade das campanhas de dragagem durante os últimos anos, o aumento de calados, seja nos berços ou no canal, e a modernização dos equipamentos, são fatores que contribuem para tornar os Portos do Paraná mais eficientes e competitivos.
Conforme a Agência Estadual de Notícias, a modernização ocorreu nos equipamentos utilizados pela Praticagem nos Portos do Paraná. Atendendo toda essa demanda e tráfego marítimo crescentes, os práticos têm lançado mão da tecnologia para que a navegação em mares paranaenses também esteja mais segura.
Por fim, o gerente-geral da Paranaguá Pliots, Renato Neves, afirma que houve compra de novos sensores ambientais. Além disso, criou-se um aplicativo para reunir os dados coletados pelos equipamentos e gerar informação mais clara e precisa aos práticos em manobra. E ainda teve a construção do centro de coordenação de manobras da praticagem.
“Esses investimentos, somados aos esforços conjuntos da autoridade portuária (Portos do Paraná), da autoridade marítima (Capitania dos Portos) e Sindapar, deram subsídio aos aumentos de calados. Assim, essas melhorias possibilitaram aos navios carregar mais e navegarem com mais segurança”.
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