Após ficar preso nove anos em regime fechado o ex-vereador Admir Strechar deve deixar a Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG) ainda na manhã desta terça (22). O anúncio foi feito pelo criminalista Marinaldo Rattes, que atua na defesa do ex-presidente do legislativo desde 2015. Ele vai cumprir pena em regime semiaberto com tornozeleira.
Conforme o advogado, Strechar, foi condenado a 81 anos, três meses e 22 dias. No entanto começou a cumprir pena definitiva em 5 de julho de 2013, permanecendo preso até esta segunda (21). Em 2011 houve uma prisão preventiva fruto de uma operação do Gaeco.
As penas imputadas a ele são oriundas de condenações por concussão (um dos crimes praticados por funcionário público contra a administração), peculato (posse de bem público, e se apropria ou desvia o bem, em benefício próprio ou de terceiro). E ainda por lavagem de dinheiro. Ele também foi condenado por júri popular a 12 anos de prisão por tentativa de homicídio.
DEFESA
De acordo com Rattes, durante o tempo em que assumiu a defesa foram inúmeros recursos processuais para absolvições, reduções de pena e também remissões. “Eu o defendi em 42 processos criminais e o nosso empenho resultou na soltura antecipada do meu cliente”.
Rattes pontua que as condenações e penas impostas a Admir Strechar foram exorbitantes. “Na época entendeu o Gaeco em fatiar os fatos em várias denúncias”. Assim sendo, segundo o criminalista, Strechar respondeu a inúmeros processos sobre os mesmos fatos. “Entende-se ainda, que no caso de Admir as condenações foram incompatíveis com os supostos crimes, sendo em verdade um caso desrazoável e desproporcional quando comparado com outros no Brasil”.
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