Cotidiano Guarapuava

Após perder o esposo, arquiteta faz ‘ação entre amigos’ em Guarapuava

A arquiteta Gabriela Hyczy quer doar dois aparelhos respiratórios comprados para o tratamento da covid-19, mas antes precisa pagar R$ 76.550

Por Cristina Esteche
28/07/2021

A arquiteta Gabriela e o esposo Guilherme (Foto: Reprodução/Facebook)

*Reportagem com vídeo

Em meio a dor pela perda do esposo, a arquiteta Gabriela Hyczy Dalzotto, tem um gesto de solidariedade. Após perder o esposo Guilherme para a covid-19 ela quer doar dois aparelhos com tecnologia de ponta para hospitais da Região de Guarapuava. Entretanto, para que a doação seja possível ela precisa quitar R$ 76.550, valor pago pelas máquinas.

Para isso, a arquiteta está promovendo uma ‘ação entre amigos’. Conforme Gabriela, as doações contam com três canais (ver abaixo). De acordo com a arquiteta, ela e Guilherme tiveram resultados positivos para a doença e precisaram de atendimento hospitalar. Porém, a evolução da doença foi bastante grave e agressiva para ambos.

No entanto, durante esse processo houve a indicação de alugar aparelhos que poderiam dar um maior suporte respiratório. E dessa forma, permitindo o tratamento no quarto. “Porém não havia disponível para aluguel e acabamos comprando. Na hora do desespero você se abraça com o que tem. O valor dos equipamentos foi bastante alto, no total R$ 76.550, mas no momento a prioridade era salvar as nossas vidas, o que infelizmente não foi possível para ele”. Guilherme morreu no dia 17 de junho deste ano.

DESEJO DE DOAR

Como trata-se de aparelhos para tratamento de qualquer doença respiratória, o desejo de Gabriela é que outras pessoas tenham acesso a essa tecnologia. “Ela proporciona maior conforto ao paciente durante o tratamento. No caso da covid-19 é o último passo antes da intubação. E graças a esse aparelho pude ter o Guilherme ao meu lado por mais tempo”.

Conforme Gabriela, o suporte de oxigênio é feito por intermédio de um cateter nasal. “Dessa maneira o paciente tem mais autonomia para se comunicar, se alimentar e ingerir líquidos. Isso é um processo desagradável de fazer com a máscara de alto fluxo ou com o cpap”.

E como forma de ‘aquecer o coração’ em meio a dor, Gabriela faz um convite. “Como forma de gratidão, gostaria de doar esses aparelhos a um hospital de nossa Região. Mas no momento as condições não favorecem para que eu arque com essa doação sozinha. Por isso, hoje peço a ajuda de todos que puderem contribuir. Será importante para mim, para meus filhos e também para quem precisar usar no hospital”.