22/08/2023
Guarapuava Segurança

Após quatro anos, justiça marca audiências de instrução e julgamento

O empresário Antonio de Lima Filho pode ir a júri popular pela morte de Avilmar Cordeiro e por atentar contra Rogério Penteado

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Avilmar foi morto após discussão (Foto: Divulgação)

O empresário Antonio de Lima Filho pode sentar no banco dos réus em júri popular por dois crimes. O primeiro, pelo assassinato de Avilmar Cordeiro. O outro, pela tentativa de matar Rogério dos Santos Penteado, enteado da vítima. A decisão sobre o júri popular está marcada para ocorrer nos dias 17 e 18 de outubro deste ano, ambas às 13h30. Nesses dias serão as audiências de instrução e julgamento. Ou seja, o momento em que todas as partes serão ouvidas pelo juiz.

A continuidade do processo, no entanto, ocorre quatro anos após os crimes. De acordo com a filha de Avilmar, Giselle Cordeiro Cardoso, a família e amigos estão se mobilizando para uma série de manifestações. “Vamos colocar outdoor, ir à imprensa, fazer o que for possível para que o assassino do meu pai vá a júri popular e seja condenado”.

De acordo com a denúncia ofertada pelo Ministério Público, os crimes ocorreram em 8 de fevereiro de 2018, por volta das 13h12, no Jardim das Américas. O pivô da discussão que acabou em morte foi o limite de um terreno e a construção de uma cerca. Essa área fica em anexo à empresa de Antonio Lima Filho.

BRIGA JUDICIAL

Conforme o MP, que ofereceu denúncia contra o autor dos disparos, Avilmar e Rogério trabalhavam no terreno pertencente a Horacio Nicolas Vera. “Meu pai e o enteado, Rogério, cuidavam desse terreno. Tinha até uma plantação de feijão”.

Entretanto, segundo Gisele Cordeiro, o dono do imóvel [Horácio] cedeu sete metros no meio do terreno, como servidão para dar acesso dos veículos de Antonio até a BR-277. Todavia, conforme Giselle, Antonio queria mais espaço para que os veículos saíssem direto na rodovia. “Essa disputa provocou briga judicial e há vários boletins de ocorrências registrados por Horacio contra o Toninho”.

OS CRIMES

Camiseta pede justiça (Foto: Divulgação)

No dia em que Avilmar morreu, ele e o enteado construíam uma cerca para fechar o acesso de Antonio Lima Filho. Houve discussão e Antonio tentou derrubar a cerca utilizando uma retroescavadeira. Em seguida houve luta corporal entre Antonio e Rogério.

Entretanto, o empresário disparou cinco tiros. Conforme a denúncia do MP, o tiro fatal provocou danos pulmonares levando-o à morte. Todavia, antes, o empresário e Rogério entraram em luta corporal. Porém, a defesa sustenta a versão de que o empresário agiu em legítima defesa.

Durante os dois primeiros anos de investigações, familiares de Avilmar promoveram protestos. No dia 17 de fevereiro de 2018, lembra Giselle, uma caminhada pedia justiça contra a morte do idoso, de 62 anos. “Não vamos desistir até que a justiça feita”.

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Cristina Esteche

Jornalista

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