Da Redação com G1
No dia 9 de novembro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um recurso do ex-deputado estadual para que ele não fosse a júri popular. Em entrevista à TV Globo, a defesa do ex-deputado disse que Carli Filho deveria ser julgado por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. A pena, neste caso, cairia dos possíveis 20 anos de prisão para quatro anos de serviço comunitário. Com o recurso negado, coube a Justiça do Paraná definir a data de sorteio dos jurados que participarão do julgamento nos dias 21 e 22 de janeiro de 2016. O sorteio acontece nesta segunda-feira (30), em Curitiba.
Em depoimento à Justiça, prestado em 2010, o ex-parlamentar admitiu que bebeu antes de dirigir. "Eu lembro de ter feito uma visita ao [meu] pai no hospital. Após, fui ao restaurante jantar com o meu tio. Tomei uma taça de vinho e, na saída, encontrei um casal de amigos e passei à mesa deles. Nós sentamos e continuamos a comer mais e também pedimos mais uma taça de vinho e, após disso, eu não tenho lembrança do que aconteceu", disse Carli Filho em depoimento.
O acidente
Em 7 de maio de 2009, o carro blindado que Carli Filho dirigia decolou em um trecho da Avenida Monsenhor Ivo Zanlorenzi, no bairro Mossunguê, atingindo o veículo das vítimas, que entrava na mesma avenida fazendo uma conversão à esquerda. Gilmar Yared, de 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, de 20, morreram na hora.
Segundo as investigações, Carli Filho dirigia em alta velocidade – 163 km/h – e estava com a carteira de habilitação cassada. O ex-deputado estadual tinha 130 pontos na carteira e 30 multas, sendo 23 delas por excesso de velocidade.
O inquérito policial apontou também que Carli Filho havia ingerido quantidade de álcool quatro vezes acima da tolerada à época.