22/08/2023
Cotidiano Guarapuava Saúde

Após um ano, a covid-19 passou a deixar rostos e não números

Desde a primeira confirmação de covid-19 em Guarapuava, 182 rostos perderam a batalha da vida, mas seguem vivos nas lembranças. Março tem sido um mês de recordes

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Hoje, 26 de março, completa um ano desde a confirmação do primeiro caso de covid-19 em Guarapuava. Fernando José da Costa de 57 anos, ficou 89 dias internado. Ele morreu no dia 15 de junho de 2020 no Hospital São Vicente de Paulo. Este pai, marido, amigo, irmão foi o segundo rosto marcado pela covid-19 no município. O primeiro foi o médico Clóvis Gorski. Outros 180 rostos, também perderam a batalha em vida, mas seguem escritos nas lembranças.

Neste período, morreram profissionais de saúde, amigos, pais, filhos, mães. Pessoas idosas, outras mais jovens. A contaminação não escolhe hora, nem classe social. Assim, pessoas famosas, de famílias tradicionais, de alguma forma, todos, tiveram a vida impactada pela chegada da pandemia.

UM ANO COM RECORDES

Neste mês todos os recordes foram batidos em relação à covid-19 no município. Conforme os dados diários da Saúde municipal, em 25 dias, 65 pessoas perderam a vida. Outras 2.255 pessoas positivaram. Além disso, mortes ocorrem há 18 dias consecutivos. Nessa quinta (25), houve o registro do maior número de casos ativos no município: 1.032. O recorde anterior ocorreu em 17 de dezembro, quando 970 pessoas estavam ativos.

Além disso, outro destaque deste mês ficou com a média móvel, quando superou a marca dos 100 casos por dia. Além disso, as vagas de hospitais também tiveram problemas. Leitos de UTI ficaram com ocupação em 100% por dias recorrentes. Profissionais de Saúde relataram exaustão. O comércio, empresários em geral, autoridades municipais têm orientado a população e cumprido medidas restritivas para frear o avanço da doença.

Contudo, ainda continuam recorrentes, as reuniões familiares e as confraternizações entre amigos. Ontem (25), a PM interrompeu uma festa no município. Por fim, a preocupação só chega, quando a vítima é próxima, e quando esses números se tornam rostos.

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Cristina Esteche

Jornalista

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