22/08/2023
Cotidiano

Apresentações do espetáculo “Faces” termina neste domingo

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Curitiba – Um boa dica cultural para quem vai a Curitiba neste final de semana é assistir o espetáculo de dança Faces.
O Guaíra2 Cia de Dança encerra temporada neste domingo, dia 26 do seu mais novo espetáculo, “Faces”. As apresentações tiveram início no dia 16 no Teatro José Maria Santos, de quinta a sábado às 20h, e domingo às 19h. Os ingressos custam R$ 10,00.
“Faces” estreou este ano com coreografia de Eunice Oliveira. Segundo ela, o balé é uma reflexão a respeito da construção das imagens que o ser humano faz de si mesmo e de seus semelhantes. As modificações dessas imagens, com o decorrer da vida, também fazem parte da essência do roteiro, criando assim um espetáculo bastante original, como, aliás, tem sido a tônica do G2, que trabalha sempre dentro da concepção do intérprete criador.
A respeito da coreografia é a própria Eunice que diz que no decorrer da vida criamos para nós próprios e vemos nos outros diversas faces e acreditamos no que vemos (ou pensamos que vemos). “A vida em si tem também momentos que nos transformam, faces da vida que modificam nossas faces, como nas estações do ano modifica-se a natureza”, diz Eunice. Ela explica que a vida de cada um e todos nós estão interligadas, porém a ligação é invisível aos olhos, assim como é a força que move essas vidas.
A coreografia se apoia em diversos autores e estilos musicais: Buena Vista Social Club, Ed Côrtes, James Newton Howard, Matisyahu, Thomas Newman, Yael Nainn, Yann Tiersen, Zbigniew e Preisner. Os cenários também são de Eunice Oliveira. A iluminação é de Cleverson Cavalheiro. Assistente de ensaio : Grazianni Cannalli. Figurinos : Ricardo Garanhani. Elenco : Ana Silva, Clionise Barros, Deisi Wor, Inês, Julio Mota, Leandro Nascimento, Rogério Halila, Estagiários : Evandro Motta, Hadiji Nagao, Marina Scandolar, Willian Lucas.

O Guaíra2 Cia. de Dança
O grupo de dança surgiu em dezembro de 1999. É formado por bailarinos que atuaram no Balé Teatro Guaíra e que utilizam toda a técnica e maturidade artística para criar os espetáculos baseados em pesquisa de movimento. Os trabalhos têm criação coletiva e apresentam novas estéticas na linguagem da dança. Os bailarinos fazem uso das inúmeras possibilidades que a dança contemporânea oferece. Dedicam-se à montagens de espetáculos que contemplam as atividades do “intérprete criador”.
A estreia do grupo no palco contou com a participação dos coreógrafos convidados Adriana Grechi (Instável Sonata) e Tuca Pinheiro (Pare! Pense! Faça Alguma Coisa!…). Na montagem seguinte foram acrescidos ao repertório Hysteria, de Júlio Mota, interpretada pela bailarina Carla D`Almeida, que recebeu o prêmio de Melhor Intérprete no Festival de Dança de Sttutgart, Alemanha, por sua atuação neste solo, e ainda a coreografia rezooltado@g2.com.sensu.uau, criação coletiva dos bailarinos.
Em 2000, a originalidade e a qualidade da proposta do trabalho valeu ao Guaíra 2 o Prêmio Estímulo da APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) por suas apresentações no Centro Cultural São Paulo.
No ano de 2001, o grupo estreou …de Passagem, concepção e direção de Marila Andreazza, e 1 Corpo 4 Estudos, criação da diretora Carla Reinecke em parceria com Rosemeri Rocha e os bailarinos.
Em 2002, o G2 apresentou O Tombo, coreografia de Júlio Mota que une dança, canto e técnica de escalada, num espetáculo que investiga o desequilíbrio das situações e dos movimentos. Apresentada em cidades do interior do Paraná e em Puerto Iguazu, Argentina, na abertura do Festival das Três Fronteiras, a coreografia se transformou em um dos maiores sucessos do Guaíra 2 Cia. de Dança.
Em 2003, o grupo apresentou O Vôo do Poeta, de Pedro Pires, baseado na mitologia grega e em textos do poeta grego Odisséa Elýtis, Prêmio Nobel de Literatura de 1979.
Em 2004, duas novas coreografias passaram a integrar o repertório da companhia: em parceria com o Yesbody Teatro Físico, o G2 abre a temporada daquele ano com Ritmove, de Júlio Mota. No segundo semestre é criada Solilóquio (preciso escrever uma carta), de Tuca Pinheiro.
Em 2005 a Companhia apresentou-se com o espetáculo Solilóquio (preciso escrever uma carta) nas cidades de União da Vitória, São Paulo (Votorantim), Pato Branco e Paranavaí. E com O Tombo, marcou presença nas cidades de Natal e Ourinhos.
Para 2006 um novo espetáculo foi criado, Um Dia fora do Tempo, sob a direção de Maurício Vogue. Participaram da montagem os integrantes do grupo e os artistas convidados: Kátia Drumond, Adriana Seiffert, Cleydson Nascimento e Katiane Negrão.
A concepção do espetáculo foi baseado no conceito do Surrealismo, da Teoria Quântica e do Caos para compor um cenário que retrata o cotidiano, o imaginário inconsciente e o absurdo.
O nome Um Dia Fora do Tempo surgiu na descoberta de uma curiosidade sobre o Calendário Maia. Para estes, o ano termina no dia 24 de julho e começa somente no dia 26. Conhecido pelos Maias como “o dia fora do tempo”, o dia 25 não existe, pois, segundo os costumes, esta lacuna é necessária para que se possa refletir sobre a vida, sobre os atos no passado, presente e futuro.
Em 2007 foram apresentadas as coreografias “Leggo” de Júlio Mota e “Espécie em Extinção” coreografia da Jane Comfort resultado de um projeto de intercâmbio cultural chamado “Performance Americas” e viabilizado pela National Performance Network e o Centro Cultural Teatro Guaíra.
Em 2008 surge o projeto Vitrine, criado pela professora Rosemeri Rocha, e através do processo de criação coletiva e investigação coreográfica foi criado o novo espetáculo “Tudo Porque Chorei”.
E este ano, no mê de maio estreou “Faces”, que está sendo reapresentado até domingo.

Serviço: Espetáculo: “Faces”. Diariamente até dia 26, domingo. Quinta a sábado, 20 horas. Domingo às 19 horas. Ingressos: R$ 10,00. Local: Teatro José Maria Santos. Rua Treze de Maio, 655

Cristina Esteche

Jornalista

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