Arlindo Cruz morre aos 66 anos no Rio de Janeiro

Morreu nesta sexta (8), no Rio de Janeiro, aos 66 anos, o cantor, compositor e multi-instrumentista Arlindo Cruz. A informação foi confirmada pela esposa, Babi Cruz. Desde 2017, Arlindo enfrentava complicações de saúde após um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico, que o afastou dos palcos e o levou a várias internações.

Considerado um dos maiores nomes do samba brasileiro, Arlindo morreu no hospital Barra D’Or, na Zona Oeste da capital fluminense. Em nota, a família comunicou o falecimento com pesar e destacou o legado do artista: “Mais do que um artista, Arlindo foi um poeta do samba, um homem de fé, generosidade e alegria”.

A nota também reforça o impacto de sua obra: “Sua voz, suas composições e seu sorriso permanecerão vivos na memória e no coração de milhões de admiradores”.

Sambista perfeito

Nascido em 14 de setembro de 1958, Arlindo Domingos da Cruz Filho começou a tocar cavaquinho aos sete anos e violão aos 12. Na juventude, foi apadrinhado por Candeia, uma das maiores referências do samba, e passou a se destacar em rodas de samba no Rio de Janeiro.

Durante a década de 1980, integrou o grupo Fundo de Quintal, no qual ficou por 12 anos e ajudou a consolidar sucessos como Seja Sambista Também e O Mapa da Mina. Ao sair do grupo, formou dupla com Sombrinha antes de iniciar carreira solo, acumulando mais de 550 sambas gravados por artistas como Zeca Pagodinho, Alcione e Beth Carvalho.

Arlindo também deixou sua marca no Carnaval carioca como compositor de sambas-enredo da escola Império Serrano — da qual foi homenageado em 2023 — e da Grande Rio.

Compromisso com o samba

Ao longo de sua trajetória, lançou DVDs, CDs e foi presença constante na televisão, sempre reverenciado como um mestre do samba. Em suas últimas aparições públicas, emocionava com sua história de superação, mesmo debilitado pelas sequelas do AVC.

A perda de Arlindo Cruz deixa uma lacuna na música brasileira. Mas, como diz um de seus versos mais famosos, “o show tem que continuar”. E continuará, com sua arte eternizada na memória cultural do país.

(*Com informações, g1.)

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