O assistente de acusação no caso envolvendo Fernando Carli Filho, o criminalista Elias Mattar Assad, vai pedir maior agilidade no processo que trata das mortes de Gilmar Rafael Yared e Carlos Murilo de Almeida. O ex-deputado vai depor em audiência amanhã, terça-feira (10), na 2° Vara do Tribunal do Júri, em Curitiba, às 13h30. Caso não compareça, Carli Filho poderá estar sujeito inclusive à prisão. Ele foi intimado no fim de julho por um oficial de Justiça em Guarapuava. Desde que foi ouvido pela polícia em 2009, o ex-parlamentar não deu qualquer declaração sobre o caso.
Elias Mattar Assad, que representa a família de Gilmar Rafael Yared, disse que pedirá ao juiz Daniel Ribeiro Surdi de Avelar, que preside o caso, que encerre a instrução do processo logo após o interrogatório do réu e emita a decisão se Carli Filho vai a júri popular ou não.
Assad observa que pelo novo código de processo penal o processo contra o ex-deputado deveria ter sido concluído em 90 dias depois da denúncia. Ou seja, o juiz Avelar já deveria ter decidido que tipo de julgamento Carli Filho terá. No entanto, para emperrar o processo os advogados do réu arrolaram oito testemunhas que não moram em Curitiba, e que tiveram que ser ouvidas por carta precatória, provocando o desenrolar do processo.
De acordo com Assad, duas testemunhas ainda não foram ouvidas. Ambas estariam residindo em São Paulo (SP). Uma delas teria sido intimada, mas não compareceu ao interrogatório, enquanto a outra teria se mudado para Blumenau (SC). Assad não acredita que o juiz irá adiar a conclusão do processo porque essas duas testemunhas ainda não prestaram depoimento. "São testemunhas de caráter, não tem peso nenhum", afirma o criminalista.