Uma operação desencadeada nesta quinta-feira comandanda pela Polícia Federal contra uma quadrilha de contrabandistas de cigarro que atua no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul coloca policiais militares paranaenses sob suspeição. Entre os integrantes do grupo estariam dois assessores de dois deputados estaduais do Paraná e oficiais da PM.
Até as 11 horas de hoje, 11 prisões foram confirmadas no Paraná. Oito PMs, dos quais três são oficiais, um policial civil e dois assessores parlamentares foram presos na Operação Fractal. Um dos assessores presos está lotado no gabinete do deputado Waldyr Pugliesi (PMDB). O parlamentar se surpeendeu com o possível envolvimento, disse que o assessor trabalha na Assembleia há 10 anos e se colocou à disposição para colaborar nas investigações.
De acordo com a PF, os policiais militares membros da quadrilha tentaram “derrubar” o comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, coronel Roberson Luiz Bondaruk, porque ele não teria cedido a pressão do grupo para transferir policiais, os quais também participariam da organização.
De acrodo com a PF, Bondaruk não cedeu ao tráfico de influência. A informação foi divulgada durante entrevista coletiva na Superintendência da PF do Paraná, em Curitiba, da qual participou o comandante-geral da PM.
Bondaruk afirmou que já existe base para abrir processo de exclusão de alguns dos PMs presos.
Há indícios de que o grupo tentava também influenciar servidores públicos de órgãos estaduais e federais para participar da quadrilha, segundo informou a PF.